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Mais uma reportagem fantástica que me deixou com a cabeça a mil e de lágrimas nos olhos, com a minha resignação nada resignada...  Mas gostei de ter visto. Vou tentar colocá-la aqui, se conseguir.

 

Esta reportagem focou 4 pessoas com deficiências distintas entre si (intelectural; autismo; física; mental) inseridas no mercado de trabalho: em contratos ou estágios. Estou familiarizada com a ingressão de pessoas portadoras de deficiências físicas ou mentais no mercado de trabalho pois na localidade onde vivemos há associações que promovem e beneficiam isso. Gostei de ter visto destaque dado ao autismo. 

 

O jovem autista da reportagem faz uma vida autónoma e quase quase independente. Vai para todo o lado com amigos, trabalha de forma meticulosa, é empenhado e o seu salário é gasto com juízo. A mãe pareceu-me uma senhora muito sensata e ponderada, de pazes feitas com a vida - algo que ainda me custa fazer. Fiquei com o coração a rebentar de alegria por aquele rapaz, pelas conquistas que foi capaz de fazer, pelo caminho que percorreu, por ter um trabalho estável, por ganhar um salário, por ter amigos que gostam dele e o respeitam como ele é. Fiquei mesmo feliz!! A lágrima veio no final, quando a mãe referiu os seus receios do "amanhã"... Ele não tem irmãos... Ele vai ficar sozinho, mais tarde ou mais cedo... Será que vai conseguir? 

Ninguém consegue imaginar as vezes que já me passou pela cabeça ter mais um ou dois filhos - situação económica à parte -, de modo a que as piolhas tivessem semptre quem olhasse por elas, quando os pais já cá não estivessem. Mas que vida pretendo eu para as piolhas e para os piolhitos que viessem depois? Atribuir-lhes a responsabiblidade de tomar conta das irmãs e eles considerarem isso um fardo? As piolhas já contam com 5 anos... Iriam os irmãos lidar com essa diferença de idades? 

Bottom line: não é fácil pensar no futuro das nossas filhas sem a nossa presença terrena. Não sabemos o que lhes está reservado, se se adaptarão, se farão as escolhas certas, se - à semelhança daquele rapaz - terão amigos que gostem delas pelo que são. Ainda não fiz as pazes com quem deveria (vida, entidade divina, deus, o que quiserem chamar-lhe) mas desejo poder fazê-lo, tal como aquela mãe fez. Até lá, tal como diz o Pai, desistir não é opção.

 

 

 

publicado às 21:49

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18 comentários

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De t2para4 a 23.10.2012 às 22:52

Oxalá... Fico a torcer que sim. E, lá no fundo, acredito que sim, embora me bata aquele medo... 
Seria injusto para um irmão arcar com a responsabilidade. Não é justo nem para elas nem para um irmão... Mas, pronto...

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