Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
No Verão iniciei a tentativa de ir contando/lendo histórias de vários autores às piolhas e fazermos sempre um trabalhinho associado a isso para reforçar a aprendizagem do conteúdo que queremos destacar, ou, apenas para treinar a motricidade e a criatividade.
Depois dos "Contos d'Aki e d'Akolá", do livro "Oh, as cores!" e de algumas histórias isoladas, tinha começado a ler-lhes "O Principezinho".
Vou confessar uma coisa: apesar de eu saber perfeitamente que a noção que as crianças têm da morte não é bem a mesma que nós, euzinha, que fico em autentico pânico só de pensar na não-existência/na morte/no desaparecimento, não tive coragem para lhes ler o final do livro. Cheguei a uma parte e disse que o Principezinho tinha ido embora para outro lado. Dispenso as teorias psicológicas em relação à morte ou à adulteração de clássicos. Interessa reter aqui que o principezinho era um coração puro que fazia tudo pelo seu planeta e que, na sua perspetiva pura e simples de criança - achava os adultos muito complicados e o mundo dos ainda mais complicado porque estes o complicavam sem necessidade disso.
No final, convidámos a vizinha da frente - ainda estávamos em casa dos avós, de férias - e fizemos este trabalho, com pintura e colagens, o que implicou escolha de missangas (algumas bem pequenas) e mão firme para as pôr em cima da cola sem colar os dedos.
Este tipo de atividades é para manter, emboram, na maioria das vezes, faça apenas uma leitura pelo simples prazer da leitura em si - no strings attached. Nota-se bem que o tempo de concentração não se compara em nada ao que era há 3 anos atrás e que, agora até são elas quem pede para lhes lermos uma história ou patra lhes darmos um livro da estante. O que fazem? É simples: pegam no livro, leem as palavras que sabem ler e inventam o resto :) autonomia total!