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Piolhas + sala de aula + 90 minutos seguidos de trabalho = caos + birras
Apesar da sinalização, referenciação, pedidos de intervenção, NEE ao abrigo do decreto-lei 3, nada NADA chegou às mãos da professora. Ahhhh, não fosse o meu mau feitio e nada tinha para provar o que quer que fosse - tirei cópias de tudo e tenho um dossier organizado com toda a informação clínica, educacional, terapeutica e de ensino especial só sobre as piolhas e vamos começar por aí brevemente.
Tem sido muito complicado trabalhar com as piolhas, até em casa. A fase de adapatação é normal mas o resto não é, essa é a realidade. E, por muito normais por fora que as piolhas sejam, não o são a nível de desenvolvimento. O esplendor dos seus 4 anos e meio a nível de desenvolvimento está ao rubro. Ler? Isso é para totós, está mais que dominado... See the difference of development(s)?
Eu fui tirar os pontos todos hoje. Sou tão ruim que até o meu corpo já tinha começado a rejeitá-los e tiveram que ser todos retirados... E como tive uma série de coisas a tratar durante a tarde (relacionadas com as tais mudanças decididas no momento de que falarei mais tarde), não deu para reposar o que devia e muito menos evitar escadas. Estou um farrapo. Por dentro e por fora. Há já muito tempo que não me sentia tão em baixo. Parece que foi de propósito ter que passar por esta situação logo no início da escolaridade obrigatória das piolhas sem ter tido tempo para as preparar, inventar estratégias, criar artifícios... Ainda não consigo estudar porque fico logo tonta e com dor de cabeça (malvada anestesia) e está tudo demasiado atrasado: CRI e respetivos técnicos. A escola já providenciou alguém para acompanhar as piolhas na sala de aula mas não chega. Essa é a verdade.
Sinto-me a voltar a 2 anos atrás, depois de um ano letivo que correu bem e um verão maravilhoso. Parece que faltam as forças para passar por tudo de novo, puxa. E é, por estas e por outras, que não perdoo o autismo. Paciência. Tenho que lidar com ele mas não o perdoo nem o esqueço.
Bem, cá me arranjo. Uns analgésicos, algum descanso, risperidona nas doses e horários corretos, muita estruturação, muita criatividade, reuniões com quem de necessário e esperemos que tudo melhore para todos. Entretanto, para a frente, para o lado ou para trás, lá teremos nós que avançar, certo? É só mais um detour e mais um algo para encher o meu já atafulhado cérebro.