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Aproximamo-nos aceleradamente daquela fase em que, em anos ditos típicos, começaria a loucura dos jantares e das festas e das celebrações - escolares ou não - de Natal.
Este ano, esta mãe horrível e sem princípios, regozija-se de NÃO haver festas, festinhas, celebrações, celebraçõezinhas, jantares, jantarinhos de Natal com trocas mais ou menos simbólicas de prendas e prendinhas, a cujos eventos "temos" de ir porque fica bem, parece bem e cai bem. E temos de usar uns modelitos vestuários que não combinam nada com o tempo atmosférico e eu ando sempre com frio. Ou fico quentinha ou fico sexy, as duas não dá.

Eventos sociais que eu de-tes-to.

Este ano, pela primeira vez, não preciso de justificar por escrito pela enésima vez que as piolhas não participam nestas coisas porque têm desregulação sensorial, porque são dias confusos e sem rotinas, porque há demasiada confusão. E ter de fazer uma mini palestra sobre autismo porque "não parece nada, elas andam tão bem na escola".
Este ano não há nada para ninguém e eu não estou absolutamente nada triste com isso. Na verdade, sou até gaja para brindar a isso.

 

 
 
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publicado às 10:11

Calendário do Advento 2015 - o nosso

por t2para4, em 12.12.15

Não dávamos muita importância a atividades nos dias que precedem o Natal até, um dia, terem oferecido um Calendário do Advento com chocolatinhos, às piolhas. Escusado será dizer que aquilo desapareceu bem antes do dia 25… Por isso, e à medida que o desenvolvimento das piolhas foi permitindo, começámos nós a elaborar o nosso Calendário do Advento (e a deixar-me de chocolatinhos).

 

Este ano decidi-me por algo mais elaborado que me permitisse o reaproveitamento para anos seguintes e, em cerca de 2 horas, estava tudo pronto.

 

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Precisei de:

- cola

- fita cola

- cartolina vermelha

- cartolina verde

- papel pardo (ou de embrulho)

- furador

- caneta corretora

- fio vermelho (ou outra cor à escolha)

 

 

Comecei por dobrar (a olho, sem nenhuma medida em especial) o papel pardo em forma de bolsinhas de modo a, numa cartolina em posição vertical, caberem 5 bolsinhas em 5 filas, perfazendo, assim, os 25 dias de atividades até ao dia de Natal (inclusive). Usei fita cola para rematar os cantos e cola para colar a bolsa na cartolina.

 

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Depois de tudo colado, escrevi com caneta corretora – para ficar a branco e secar rápido – o título do trabalho e fiz uns arabescos nas pontas só porque sim. Em cada bolsa escrevi um número correspondente ao dia do mês.

 

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As folhas de cartolina verde são para escrever as atividades a realizar em cada dia. Dividi as folhas em quadrados de 7 cm, recortei, escrevi a atividade.

 

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Depois furei e passei um fio vermelho.

 

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Cada quadradinho vai para dentro da bolsa para ser, depois, puxado pelo fio no dia da atividade.

Depois, para ficar à vista, prendemos com um clip.

 

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As atividades foram pensadas de modo a serem simples, fáceis de executar e de agrado de todos. Além disso, como temos avaliações durante esse mês – é preciso estudar com as piolhas e é preciso preparar/corrigir/cotar testes e lançar notas (je moi même…) – tem mesmo que ser algo muito simples e rápido de se fazer. Não temos que, necessariamente, seguir uma ordem; o importante é assinalar algo para aquele dia que nos faça pensar um pouquinho na alegria do Natal, seja ele celebrado do modo que for.

 

Eis aguns exemplos das nossas atividades:

 - escolher receitas de Natal;

- ouvir a história do nascimento de Jesus;

- ouvir/cantar canções de Natal;

- fazer biscoitos de Natal;

- ver iluminação de rua;

- fazer uma festa do pijama na sala;

- fazer um picnic em volta da árvore da Natal;

- ver um presépio numa igreja local;

- fazer chocolate quente com marshmallows...

 

 

E, por aí, contem tudo: também há calendários do advento? Que tal essas atividades?

 

 

 

 

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publicado às 13:41

Numeração romana e um relógio de sol

por t2para4, em 21.08.15

E, assim, de forma extremamente simples, lúdica e clara, as piolhas aprenderam o básico da numeração romana. Com um relógio de sol fantástico, perto da marina da Figueira da Foz, de olhos postos na conjugação de pedras da calçada com espreitadelas ao sol para ver onde faria incidir uma ténue sombre (visto que estávamos no pico do dia), a "aula" improvisada foi um sucesso.

 

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A correr do I que significa 1, a juntar todos os I até perfazer um III que quer dizer 3, lá descobrimos um erro no 4 que estava marcado como IIII quando deveria estar IV. E expliquei que, um I antes de outra letra era para se fazer uma subtração, depois era para fazer uma soma. Depois de saber que o V é um 5, o resto foi canja até ao X, que é 10. Saber a tradução de VIII e de IX para números já foi na boa e queriam era correr ainda mais para chegar ao XII e ter o relógio completo.

No final foi ver que horas eram. A sombra tão direitinha parecia mesmo um ponteiro que oscilava (estava vento ou não fosse essa uma das maiores características da Figueira) entre a I e as II. Foi depois necessário falar da mudança de hora (algo do género: estes relógios existiam antes do acordo mundial de mudança de hora, por isso, temos que adiantar ou atrasar a hora que marca no chão para a hora que os nossos relogios atuais marcam - nada de mais explicações).

 

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As letras L, C, D, M  e traços e combinações ficam para uma outra altura, para um outro local.

A verdade é que, entre brincadeiras, a pouca vontade de caminhar - a pé... que raio de mania esta de os humanos terem que se deslocar prioritaria e maioritariamente a pé para tudo... se dependesse delas, não o fariam de boa vontade - desvaneceu-se num instante. E até a verificação da maré baixa pelas marcas da água no cais e visibilidade de imensas algas e mexilhões ficou, subitamente, muito mais interessante!

 

 

 

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publicado às 23:13

E assim foi o aniversário este ano

por t2para4, em 04.08.15

Simples, organizado e pensado por mim, com bolos feitos e decorados por mim, tudo em casa, já noite, depois das piolhas na cama, a dormir.

 

O tema não foge ao habitual: My Little Pony. Mas, este ano, com menos trabalho do que no ano anterior (aqui e aqui) mas mais diversão. E foi tudo uma questão de levar a celebração do aniversário para o ATL - já que iriam às atividades previstas - et voilà, uma festinha fantástica, um bolo giríssimo para partilhar com os colegas e outro com os avós e tia, e até direito tiveram a "canhão de festas" (leia-se tubo de confetis)! Ora, digam lá, se a Pinkie Pie não esteve presente nas suas preparações, eheheheh

 

 

 

Por partes, então.

 

Bolos

Simples, de iogurte, com pedacinhos minúsculos de ananás, regado com a calda, depois de frio e desenformado.

Comprei apenas pasta de açucar branca e rosa fúscia, uma forma de borboletas e corantes (usei líquidos, o que se revelou extremamente difícil de manusear depois de misturados na pasta) e velas brilhantes. Imprimi a cores os desenhos das bonecas, colei aos sticks e coloquei no bolo.

Usei a pasta de acuçar branca misturada e amassada com umas gotas de corante para dar o tom arroxeado que têm. Estiquei e cobri o bolo.

Fiz o mesmo processo para as borboletas (que moldei e cortei com a tal forma) e para os arco-íris, que fiz rolinhos com as mãos (juro que, sempre que precisava de moldar ou rolar tirinhas para o arco-íris, só me lembrava da plasticina...).  As nuvens cortei com a ponta afiada de uma faca e usei um cotonete para suavizar os bordos, visto que não tinha uma forma para isso. Para evitar a transferência de cores entre decorações, usei luvas de silicone e papel vegetal como base.

Para rematar o fundo dos bolos, usei uma fita de organza que atei à frente e toda a decoração seguiu daí.

No 2º bolo, começou a faltar material e tive que improvisar, usando as sobras de pasta que ainda por cá tinha. Felizmente, correu tudo bem e fiquei com o bolo decorado.

Não ficaram bolos como os de catálogo mas ficaram bonitos aos olhos de quem mais importava e deliciosos para as bocas de todos.

 

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Festa

Foi uma pool party, na verdadeira conceção da palavra. A manhã foi passada na piscina local com os coleguinhas e monitores do ATL. E divertiram-se tanto, tanto! Foi fantástico estar todo aquele tempo na brincadeira e nos mergulhos e nas chapinhadelas e, depois, secar a jogar UNO com os colegas que se juntavam cada vez mais para irem entrando no jogo que, a certa altura, parecia interminável. Fiquei de coração cheio.

 

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A hora de almoço, ao estilo picnic, trouxe o bolo como sobremesa bem como o "canhão de festas" que fez as delícias de todos. E elas tão felizes!!!

 

À hora do lanche, depois de se despedirem dos colegas e monitores, depois de uma bela banhoca quentinha, vestidas a rigor como Equestria Girls (Twilight Sparkle e Fluttershy), seguimos para a parte 2, com a família próxima. Mais uma nova cantoria de "parabéns a você!" e um novo disparo do canhão de festas que pregou um belo susto ao pai e ao avô!! E elas riam a bandeiras despregadas, sopravam velas já apagadas, comiam a cobertura colorida do bolo, rodeadas de presentes, confetis, serpentinas e, acima de tudo, muito muito amor.

 

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E, contas feitas, ficou tudo acessível: pasta de acuçar a 1,5€/100gr (comprei 250 da branca e 100 da fúscia, tinha ainda cerca de 400 gr de pasta branca em casa), tubos de confetis a 2, 25 €, velas brilhantes 1€, sticks 0,65€, formas de borboletas 1,25€ - tudo nas lojas chinesas, fatos de carnaval reutilizados neste dia (post para um dia destes).

 

 

E, no fundo, éo amor que dedicamos a fazer os nossos filhos felizes que mais importa. Festas grandes, com muitos adultos que nada lhes dizem e com os pais ocupados a cuidar desses adultos, só trazem confusão e gastos, cansaço, impulsos que não conseguem controlar, estímulos aos quais não conseguem escapar. Para elas, valorizam mais estarem com os colegas próximos e só não vieram os da turma e priminhos porque estavam ocupados ou de férias. O que mais importa é estarem rodeadas de quem significa algo para elas e as aceita como são. Sentirem-se amadas e serem felizes. E foi divinal ouvir "obrigada, mãe, gostei muito deste dia! Foi muito fixe!"

 

 

 

 

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publicado às 21:55

Pintar e desenhar!

por t2para4, em 16.07.15

Já não temos paredes disponíveis para mais pinturas... Nem sequer na garagem (aqui)! Mas hoje queriamos pintar juntas, num espaço grande sem preocupações com as tintas e as gotas que salpicam e sujam.

Voltámos à garagem mas desta vez com uma grande tira de papel pardo (que me sobrou de uma grande atividade de há uns meses) e sobras de tintas. Muitas delas ansiavam pelo seu fim pois já estavam com os pigmentos a estragar...

E foi muito giro. Fizemos desenhos, inventámos personagens novas, criámos espaços, misturámos cores, fizemos uma grande sujeira e utilizámos outros materiais para dar cor àquela tira de papel.

 

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Porque pintar é divertido, atua como regulador, estimula a criatividade e a imaginação! 

Porque gostamos de pintar e inventar!

Porque é fixe e é umas das atividades de verão mais fantásticas a fazer já que, logo a seguir, temos uma banheira à nossa espera para limpar as nossas marcas de guerra!

 

 

 

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publicado às 20:49

Pensava eu que ia ser o caos... Imaginava eu que todas as (poucas) peças cor-de-rosa ou saias ou vestidos que eu tivesse seriam minuciosamente escrutinadas e postas a uso abusivo.

E arrisquei.

 

Um dia, cheia de boa vontade (ou loucura), decidi que, durante uma semana inteira, seriam as piolhas a escolher a roupa que eu levaria para o trabalho, reuniões, apresentações, saídas, etc. Elas escolheriam a roupa e eu os acessórios. O calçado ficava por conta delas no caso de eu ter dúvidas sobre qual ficaria melhor.

Levei as piolhas para o meu quarto, abri as portas do roupeiro e as gavetas e disse-lhes onde estavam as roupas de verão (não fossem elas querer pôr-me de golas altas na altura mais quente do ano) e quais as peças que não posso usar agora (por questões de saúde). Elas escolheram o que quiseram para cada dia da semana e eu organizei um montinho com as escolhas delas e coloquei na cadeira do quarto, à vista de todos. O marido só se ria.

E, interpus, como objetivo o seguinte: se não me sentisse bem com as roupas escolhidas (apesar de estar prometido andar com elas no dia estipulado) é porque não valia a pena ter aquelas peças em casa (e iria dá-las ou colocá-las no contentor de recolha de roupa).

E sujeitei-me...

 

E fiquei supreendida. Apesar de ter muitas vezes as pernas ao léu, as escolhas até foram muito boas! E, não fossem elas, provavelmente, aquele vestido rosa não teria saído tão cedo do armário ou teria sido usado numa saída de praia...

 

Eis o resultado final:

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 Que tal? Uma boa surpresa, não? Hei-de repetir para todas as estações, ou seja, pelo Outono, farei novo jogo destes e, daí em diante, para ver a evolução dos gostos e no que dá. E sujeito-me pois...

 

 

E, agora, um desafio: quem se deixa vestir pelos filhos/sobrinhos/netos e tem a coragem de partilhar? Alguém se atreve?

Para os mais corajosos, podem enviar os resultados por mail ou postar no facebook do t2para4! Atrevam-se! É uma experiência muito gira! Basta uma foto como as minhas, imagens unidas no word e captura pelo paint. Feito! Quem arrisca?

 

 

 

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publicado às 22:02

A 1ª ida ao cinema

por t2para4, em 07.07.15

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Fomos ao cinema. Cinema a sério, com sala às escuras e som habitual, não as sessões que costumam fazer-se de vez em quando para crianças com  necessidades especiais.

Fomos ver o "Divertida-mente (Inside Out)" por imensas razões:

- as piolhas viram o trailler n vezes no Disney Junior;

- uma delas repete exaustivamente "Quê, mulher? O quê??" e ri-se imenso;

- estamos de férias;

- o enredo e as personagens são assuntos que tratámos em terapia da fala, educação especial e até cá em casa, isto é, passamos a nossa vida a analisar emoções para as podermos reconhecer.

 

Lá fomos nós. Nem queria acreditar na minha sorte... Ir ao cinema, de boa vontade, em família!!! Uauuuuu!!!!!!!!!!!!

Tivemos uma pequena preparação prévia: avisei das alterações de luz e som (embora, no carro o nosso rádio nunca esteja abaixo dos 25 de volume), descrevi o interior da sala, pesquisámos juntas os preços e horários da sessão, prometi um balde de pipocas. Ainda me ri com a preocupação de uma delas em saber se tinham idade suficiente para poder assistir ao filme (ehehheheheheheh, private joke of ours porque perguntamos-lhes se querem ir ver o James Bond em novembro mas elas, espertas, sabem que aquilo será apenas  para maiores de 14 e respondem sempre que não, porque não podem - e não estão para aí viradas, pois James Bond, é na TV).

 

Já de bilhetes comprados, entrámos e escolhemos os nossos lugares, bem cá atrás como eu gosto. Avisei que as luzes iriam baixar um pouco durante a publicidade antes do filme começar e que o som era alto. Uma ainda deu um salto na cadeira quando começaram as marteladas da "Nós"... (seriously?? Com tanta maneira de começar é preciso começar logo pelas pancadinhas absurdas de má imitação de Molière?) mas o resto foi tranquilo e o meu "está tudo bem?" de 5 em 5 minutos, acabou por esmorecer.

 

O filme foi incrível. As piolhas estiveram impecáveis, super bem reguladas, muito concentradas. Perceberam bem o filme, gostaram e uma delas chorou imenso na parte mais emotiva... É um coração doce, aquela minha princesa... Rimos juntas, gargalhámos juntas, emocionámo-nos juntas. E queremos voltar juntas!!! Talvez haja uma próxima ida em breve.

Tivemos uma descompensação no final. Mas contava com isso. Sabia que iria ser complicado gerir, cá fora, todo aquele controlo e regulação. Mas, ainda assim, passada essa fase má, valeu a pena. Neste momento, cá por casa, só se fala da experiência, contada com detalhe ao pai, que estava a trabalhar nesse dia.

 

 

Não há qualquer dúvida de que estão a crescer e a conquistar maturidade neurológica para adquirir tanto tanto que, para outros, para os seus pares, já está mais do que assimilado e garantido. E são passinhos destes que me orgulham tanto do quanto já são capazes de fazer e de gostar. Ir ao cinema foi divertido e não assutador; foi giro e não medonho; foi confortável, apesar do escuro.

 

Vão ver o filme. Aproveitem porque explica muito muito bem, com aquela qualidade a que a parceria Dinsey-Pixar já nos habituou, que somos muito mais do que áreas pretas e brancas, somos uma mistura de tantas emoções, todas elas coloridas e essenciais, todas elas de curta e longa duração, todas elas dentro de nós mesmos e que, com ou sem upgrades, nos definem. Isso explica muita coisa. Sem necessitar de palavras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 17:39

E correu tudo bem! O 1º espetáculo ao vivo - O Zig Zag!!

 

Há mais de um ano atrás, fizemos a experiência. Vi a informação que o Zig Zag viria ao Dolce Vita Coimbra num fim de semana e fiquei logo de antenas no ar. As piolhas nem por isso. Lá acabei por dissuadi-las pois o Zacarias, o Pedro Leitão e os novos fantoches foram bons argumentos.


Chegámos cedo e, após a ida habitual e da praxe ao Jumbo Box - temos que lá ir SEMPRE antes de irmos a outras lojas), encontrámos um lugar sentado. Estiveram sempre junto de mim, ou seja, num lugar para 3, distribindo o seu peso por cada perna. Ainda esperámos cerca de 25 minutos pelo começo do espetáculo - que foi pontual. A escolha do local sentado foi uma feliz intuição: permitia-nos ver bem o palco e o ecrã mas evitar a perceção da multidão que se foi acumulando à nossa volta, ficando assim resguardadas.


Findo o espetáculo, não nos metemos na multidão para os autógrafos, fomos à nossa vida, com as piolhas todas contentes e eu eufórica por tamanha conquista!

 

Falta ter agora vontade de começarem a querer ir a concertos eheheheheh (não de Violettas, por favor.) Aproximam-se os Santos Populares, pode ser que eu tenha sorte, este ano...

 

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publicado às 11:23

Lentes de ver ao perto ou microscópio

por t2para4, em 18.01.15

Há uns meses atrás, não resisti e comprei um microscópio da Science4you na Fnac. O meu entusiasmo inicial e impulsivo não estava a conjugar-se com a maturidade das piolhas para tal coisa, portanto, foi ficando na caixa. Até hoje.

Hoje está um dia perfeito para chocolate quente e marshmallows, TV até queimar os neurónios, pijama de manhã à noite. Olhei para a estante e decidi que era hoje que iríamos experimentar o microscópio.

 

Então, eu - gaja de letras - lá tentei meter a máquina em posição e ver como se analisaria uma asa de mosca (oferta incluída no pacote de análise, por assim dizer). As piolhas foram ver o livrinho e maravilharam-se com as restantes ofertas da Science4you, como a fábrica de sabonetes e de perfumes (pindéricas!), queriam lá saber da asa da mosca (blharc). A custo, lá conseguimos todas ver a asa e admirar os seus contornos, que, afinal, até é bem giro.

A certa altura, o pai teve que intervir, pois, como gajo experimentado nestas cenas dos microscópios e análises (cenas do seu curso de Química), lá descobriu que nós - nabas - não estávamos a usar a luz corretamente. Depois de tudo em ordem, lá revimos a asa - uau!!!! - e decidimos ver um fio de cabelo ainda com o respetivo folículo. É fantástico. As piolhas lá descreveram o que viram, tentaram fazer um desenho e eu consegui uma foto.

 

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 Apesar de ter sido uma experiencia interessante, ainda não denoto grande entusiasmo por parte das piolhas, por isso, o microscópio voltou à caixa e aguardará por uma melhor altura, talvez, férias da Páscoa, onde teremos mais tempo e mais materiais para analisar e desenhar. Temos que esperar um pouco por alguma maturidade, mesmo com brincadeira à mistura.

publicado às 14:10

Estivemos em mais um evento

por t2para4, em 16.11.14

No 4D&Friends, como tinha referido anteriormente. E os motivos prendem-se com questões pessoais, profissionais, de lazer e porque sim.

Raramente vamos a eventos e, na definição da palavra, poderemos incluir concertos, festas populares, algumas festas de aniversário, casamentos/batizados, festas de aldeia, mercados centrais. E as razões são as do costume: muita gente, muita confusão, ambientes barulhentos e com muitos estímulos (cheiros, sons, imagens, luzes), imprevistos impossíveis de antever, ausência de locais onde possamos refugiar-nos na iminência de um meltdown. Por isso, todos os locais onde vamos em passeio ou festas a que levamos as piolhas são bem ponderadas para que não seja estranho nem para elas, nem para nós, nem para os outros, em caso de crise.

 

As piolhas têm ido a algumas festas de aniversário e eventos públicos que seguem alguns dos trâmites mentalmente impostos por mim ou pelo pai: espaços amplos, pessoas conhecidas, mínimo de confusão, som controlável.

O evento do passado dia 2 de novembro encheu-nos as medidas. A Quinta da Pousada de São Pedro é um local fantástico, com um salão completamente amplo e sem pilares a meio; ida direta ao bar sem termos que fazer um percurso de obstáculos; disposição dos expositores das marcas muito bem pensado e organizado de forma a não nos baralhar nem forçar a passar pelos mesmos locais duas ou três vezes; espaços privados para mamãs que amamentam/aleitam e muda-fraldas, separados dos habituais wc; um espaço exterior maravilhoso perfeitamente adaptado e adequado a carrinhos de bebé, cadeiras de rodas ou andarilhos; piscina vedada com a proibição de utilização durante eventos (adorei a medida); estímulos exteriores saudáveis de forma a minimizar o aglomerado de pessoas no interior. E o insuflável fez as primeiras delícias das piolhas.

Passei a valorizar muito muito mais pessoas que têm em consideração o acesso a espaços que tenham determinadas condições para receber todas as pessoas. E enche-se-me o coração de alegria quando verifico que um evento preparado para uma escala bem maior do que o esperado, tem tudo aquilo que me/nos permite usufruir de tudo: compras, espaço, serviços, brincadeiras, sem esquecer áreas dedicadas às crianças como individuos com vontades próprias e não apenas os acompanhantes dos pais.

As más-línguas podem acahar snobismo ou esquisitice da minha parte pois quem vai a shoppings vai a todo o lado. Errado. As nossas idas ao shopping foram treinos e seguem rotinas que não podem ser quebradas (visitas por aquela ordem àquelas lojas para ver aqueles produtos e comer aquelas comidas, única e exclusivamente) mas que servem de preparação para a confusão facial, de vozes, sons, luzes, que incomodam muito quem tem autismo. Ir ao um congresso ou evento num salão sem acesso ao exterior - um exterior seguro - não é a mesma coisa e implica uma preparação prévia exaustiva da nossa parte. Não vale a pena o esforço. E, em caso de crise/meltdown, onde poderemos refugiar-nos? Num wc do género balneário?

Continuaremos com as nossas opções que, até ao momento, não têm sido más de todo.

 

As piolhas maravilharam-se com a mousse de chocolate do bar e com a conversa fiada da Concha e do Afonso, que, sem as conhecerem de lado nenhum, se meteram logo com elas por causa dos brinquedos e dos blogs. E a pobre da minha mãe sem perceber nada da conversa mas encantada com o à-vontade deles e delas!

Eu confesso-me maravilhada com o expositor da Catavento e, ao passar por ele umas poucas de vezes, pois estava mesmo ao lado da zona infantil onde as piolhas pintavam as caras e se divertiam com balões e jogos da macaca, namorisquei uns quantos jogos. Como já vem sendo hábito no t2, a maioria dos jogos didáticos que se aplicam às piolhas nesta fase já os temos (story cubes, puzzles em histórias, livros sociais, etc.) mas, ainda assim, acabei por comprar um puzzle de 200 peças com um mapamundo onde nos continentes estão desenhados os animais característicos de cada zona do globo, com poster incluído. Fiquei fã.

No espaço exterior, as maravilhas de um insuflável dão uns bons minutos de sossego aos pais. Pude sentar-me e conversar com a minha mãe enquanto as piolhas saltavam e atacavam com pulos a vaca e as latas do leite. E até havia um ponei!!!!! A única grande desilusão é que, além de cheirar mal (a ponei, pois...), não era colorido nem tinha cabelos compridos nem a magia da amizade para espalhar. Mas fizeram-lhe muitas festinhas e visitaram o cavalo ao lado que também recebeu miminhos.

 

E, depois de mais uma voltinha no relvado e umas fotos, beijinhos dados à Sofia e mais uns quantos enviados para a família e lá fomos nós de regresso a casa.

Este tipo de saídas costuma correr bem devido à variedade de hipoteses em caso de "indisposição" das piolhas. E, à medida que elas vão crescendo e adquirindo mais capacidades e competências sociais, mais fácil se torna para nós também. Para já, só tenho a agradecer a pessoas como a Sofia que, mesmo sem se aperceberem, têm aquela sensibilidade especial para criar algo a que posso chamar inclusivo.

 

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publicado às 18:09

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