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Fomos ali ao passado, num instantinho...

por t2para4, em 23.07.23
Feira medieval de Coimbra 2023
Fazia parte dos nossos planos, desde que fora anunciada. Fomos só hoje, um bocadinho de manhã. Foi muito bom, mesmo. Há coisas que são tão bem feitas e num contexto tão bem enquadrado que não custa ir ver e embrenharmo-nos. Apesar de haver alguma confusão e muito muito barulho, foi bastante tranquilo. Já são muitos anos de amadurecimento e exposição, além disso, estávamos ali de total boa vontade da parte delas.
Tirámos as velhinhas Canon do seu poiso protegido: uma é da idade das piolhas, a outra consegue ser ainda mais velha (e elas já fazem 16 para a semana...). É muito bom ver este novo interesse, que tem objetivos definidos. E ver que há fotos espetaculares!!!
Vimos a arruada pelo burgo (entende-se, largo da Sé Velha) e a abertura do mercado pelo governador, com música fantástica, atuação de grupos na chamada de homens para a guerra e treino com armas, rimos muito com as ameaças do carrasco e acredito que fizemos memórias muito boas. O grupo é de Andaluzia e são os Alota del Tinto muito expressivos, dinâmicos e sempre a interagir com o público.
Ainda tive uma pequena conversa muito agradável com um casal francês que não percebia o português estranho do padre que ralhava connosco por termos aplaudido a dança sensual dos otomanos...
Foi uma comédia explicar-lhes (às piolhas, claro) que o Quebra-Costas nunca partiu literalmente costas a ninguém e que está mais relacionado com mitos e degraus íngremes (outrora escorregadios) do que com quedas aparatosas (ninguém queria ficar com os cursos por terminar, não é verdade?).
Foi outra comédia tirar fotos à mãe a ser "ameaçada" pelo carrasco e a fazer olhinhos ao Capitão América que está na baixa... E isto porque prometi não fazer figurinhas ao pé da vaca e controlar-me perto do pirata. Ficaram fotos brutais.
Férias de verão também é isto. Coisas simples, grátis, muito agradáveis e com algum cariz de aprendizagem. E sestas no sofá, à tarde, claro.
 
 
Pode ser uma imagem de 2 pessoas, rua e texto
 
 
Pode ser uma imagem de 9 pessoas, o Muro das Lamentações, multidão, Piazza di Spagna e texto 
 
 
 
 
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publicado às 19:46

Pausa - time off

por t2para4, em 05.06.21

Estarão aqui atingidos todos os clichés? Posso acrescentar que também estava de chapéu de palha e óculos de sol 😛
Estou a adorar o livro. Afinal já tinha uma ideia de parte da trama, só não tinha associado a Oscar Wilde.
Quanto ao resto, eu cá dou-me muito bem com a boa vida. Ou a vida boa.

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E, nos entretantos, fizemos o Algarve de ponta a ponta - ou de costa a costa -, de Vila do Bispo quase na ponta de Sagres até Vila Real de Santo António.
A N125 já está percorrida, quase sem planear. Venham mais estradas icónicas que nós tratamos dos quilómetros! 😊😁
E como diz uma das piolhas "já fizemos a Route 66 do Algarve, yay!"

 

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publicado às 18:45

Ílhavo aqui tão perto

por t2para4, em 09.08.19

É sempre tão difícil convencer as piolhas a sair da sua área de conforto e aventurarmo-nos a ir para além do perímetro de Coimbra e arriscar a viagens com mais de 1h de duração. Todos os verões a mesma coisa... A negociação, a chantagem, as caras feias, a minha paciência a atingir o limite, as ameaças de que terão um verão vintage igual aos que eu tinha nos anos 80 e 90 (pais conservadores e nenhum transporte, nada de piscinas ou saídas), o choro... Bah... Mas, de repente, há um click e lá percebemos o porquê da ansiedade e chegamos a acordo, cedendo de parte a parte. E, sim, o suborno também entra na equação. E funciona.

Depois de nos termos aventurado a ir a Mérida, optámos por ficar mais perto e, desta feita, seguir o itinerário preparado pela tia. Seguimos para Aveiro, onde almoçámos (embora num ambiente familiar às piolhas, deste vez, nada de fast food) e depois fomos andar de moliceiro. Foi muito bom recordar o passeio que já tínhamos feito há uns 4 anos e foi muito bom ver as piolhas a interagir, pontualmente com a tripulação. E ficaram fascinadas por terem partilhado viagem com uma família de Cardiff, Wales.

Como já conhecemos Aveiro, seguimos dali para a costa de Ílhavo, para ver algo que já estava na nossa lista há algum tempo: o Navio-Museu Santo André. Comprámos bilhete conjunto para podermos depois ir ao Museu Marítimo de Ílhavo. Não me recordo do valor correto mas creio que para nós rondou os 20 euros. 

O navio está "amarrado# a pilares de cimento, por isso, não balança. No entanto, as escadas íngremes e o chão irregular requerem alguns cuidados (uma das piolhas atingiu o estômago da tia ao tropeçar numa dessas irregularidades e deixou-me o coração parado por uns minutos). É super interessante ver a perspetiva dos marinheiros da pesca ao bacalhau dentro do barco. Eu  confesso que nem para cruzeiros presto... Temos acesso às divisões todas, desde a área de salga às camaratas e cozinha quer do pessoal quer do comandante e até temos o privilégio de podermos sentar ao leme. Não façam como eu que, armada em parva, decidi abrir a porta que dizia WC e chuveiro e fui brindada com um cheiro a realidade. 

Saímos de lá com um respeito imenso pela profissão e pelas pessoas que a escolhiam. E aprendemos muito sobre a vida no mar e a relação de Portugal com a pesca do bacalhau. Dali, seguimos uns 8 km até ao surpreendente e fascinante Museu Marítimo de Ílhavo e o seu aquário de bacalhaus que prendeu as piolhas e conseguiu impressioná-las. Foi mesmo amor à primeira vista. E isto permitiu, finalmente, abrir as portas para, mais tarde, visitarmos o Sea Life e o Oceanário, locais onde ainda não tínhamos ido por falta de interesse da parte delas (e, tendo em conta o preço dos bilhetes, teríamos mesmo de ir de muito boa vontade e desejo). Agora sabemos que não irão sentir-se assoberbadas e querem mesmo conhecer estes locais. Numa próxima. 
Este museu mostra um pouco da vida marítima na zona e tem a vantagem incrível de podermos não só andar dentro de um barco bacalhoeiro antigo, ver outros à escala, da região circundante (como os moliceiros e os que transportavam o sal) mas também de conhecer mais sobre o fiel amigo e de o ver vivo a nadar, de forma tao simpática e à superfície. É um Museu muito agradável e interativo pois podemos andar dentro do barco, como referi, mas também abrir as gavetas na sala das conchas e observar tudo em detalhe. 
O aquátio é, sem dúvida, o ex libris. 

Vale a pena visitar.

 

À saída, uns ovos moles, umas bolachinhas e we called it a day. 

 

 

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publicado às 14:23

Foi um desejo meu de há alguns anos. E preparada com alguns meses de antecedência com pesquisas em grupos de viagens nas redes sociais e em sites de viagens. Foi assim que ficámos a saber os preços das entradas nos monumentos, se há ou não passe combinado, quais as distâncias entre pontos de interesse e até onde estacionar, aproveitando também para ver os preços do alojamento - que, para uma família, ficam um bocado fora do orçamento, daí termos optado pela ida e vinda no mesmo dia, pois os custos de combustível e portagens não chegam a metade do que seria o alojamento para todos nós.

Estes foram os dois sites que consultei e levei como backup de informação: aqui e aqui. Combinámos com a tia do t2 que a saída seria às 7h e a chegada prevista lá para as 21h. As únicas paragens seriam em áreas de serviço, até chegarmos a Mérida. De véspera, preparei as nossas coisas: carregar a bateria da máquina fotográfica/telemóveis/powerbanks; preparar as mochilas com águas/toalhetes/lenços de papel/protetor solar; separar as roupas que levaríamos (algo muito leve e confortável, chapéus de sol, óculos de sol e sapatilhas) + uma muda extra, just in case. No dia, verificar óleo e água do radiador do carro, atestar, levantar dinheiro, ligar o GPS e seguir. 

 

Descemos pelas encostas até começarmos gradualmente a ver quilómetros e quilómetros e quilómetros de erva seca, pequenas árvores (talvez chaparros?), muitas vacas castanhas e estradas quase sem curvas. Tão diferente das nossas estradas com curvas acentuadas e sinuosas, montanhas, árvores altas e tantos tons de verde desde o chão à copa das árvores e vacas malhadas. Umas simpáticas estavam a ver os carros passar à beira da estrada e não se afastaram para poderem ficar na fotografia. 

 

Chegámos por volta das 11h, cerca de 300 km depois. Estacionámos num parque pago mas  valeu a pena, pois assim sabemos que o carro ficaria seguro e bem estacionado durante o tempo que precisássemos. Seguimos as indicações de "aparcamiento" (a sinalização está muito bem adequada) e aquele parque fica perto de tudo, dando-nos a vantagem de podermos visitar e conhecer um pouco da cidade a pé.

 

Primeira paragem do nosso itinerário: Ponte Romana. É uma ponte proíbida ao trânsito mas com muito movimento pedestre. Optámos por visitar o parque e ver a perspectiva de debaixo, antes de a atravessarmos e depois irmos à Alcazaba (Alcáçova - onde comprámos bilhete integrado para visitar um conjunto de 6 monumentos - 15€ adulto e 7,5€ crianças até aos 12 anos). A vista é extraordinária. Fomos saudados por um ganso de voz forte, que nadava no Guadiana e, já em cima da Ponte, por uma conterrânea sorridente.
Logo ali, à entrada da Ponte, temos uma rotunda com a Lopa Capitulina que supostamente alimentou e cuidou dos gêmeos Rómulo e Remo, com Rómulo, mais tarde, fundador e rei de Roma. As piolhas reconheceram logo a imagem dos livros de História.
Já começava a fazer-se sentir o calor, que decidimos ignorar. Também decidimos ignorar a diferença horária e seguir a hora tuga, o que, a bem ver, quando fomos ao Teatro e Anfiteatro, puxou por nós pois fazia mesmo muito muito calor. Não se via quase ninguém nas ruas e brincámos com a hora da siesta. Nós calcorreámos as ruas em busca dos monumentos do nosso mapa e percurso já idealizado. Muito calor. Mas valeu a pena. Mérida é uma cidade incrível, com História em todo o lado e monumentos muito bem conservados. E, o mais fascinante, ainda com escavações e trabalhos em execução (e, fiquei a saber que "moléstias" são incómodos, pois estava escrito em todos os locais vedados por causa de trabalhos. Achei o máximo).

 

Como optámos manter-nos com o nosso fuso horário, de manhã visitámos a Ponte e o parque, depois a Alcáçova e ruas em direção à Plaza de España onde iríamos almoçar. Dentro do que é desconhecido, estranho, estrangeiro, longe da área familiar de conforto, optamos sempre por encontrar um fio condutor e algo que seja familiar. Eu adoro petiscar em restaurantes e ando a morrer por tapas há mais de 2 anos, desde que fomos a Vigo, mas as piolhas não vão muito nisso e, obedecendo ao nosso protocolo de segurança e conforto, enfiámo-nos no Burger King da Plaza e por lá estivemos um pouco a almoçar (e a arrefecer do calor). Costumamos levá-las a um shopping, se visitarmos alguma cidade, como recompensa; aqui, na ausência de um naqueles meandros, ficámo-nos pelo restaurante fast food.

Dali, seguimos para o centro da vila e emaranhámo-nos nas várias ruas - todas elas têm pontos de interesse turístico, quase todos grátis. O primeiro da tarde foi o Templo de Diana, deusa que uma das piolhas adora e monumento que queria visitar. Andou uns meses a pedir para ir a Évora porque queria ver o Templo de Diana. Mal pôde acreditar que em Mérida também havia um em homenagem a esta deusa que atira a associação de ideias para a Mulher Maravilhosa, deusa amazona, também ela Diana. Já soltava "uau" só ao ver a traseira do edifício mas ficou boquiaberta quando viu os pilares que o caracterizam e o excelente estado de conservação em que está.
É nestes pequenos nadas que vimos que está lá tanta coisa e que, no final de tudo e depois de tantos km (de carro e a pé), vale a pena insistir para que construam memórias, tenham vivências e usufruam muito destas oportunidades. 

 

O Museo Nacional de Arte Romano também estava na lista de locais a visitar, apesar de não fazer parte do conjunto de monumentos. A entrada é apenas de 3€ adulto e 1,5€ crianças até aos 12. É um museu enorme, com cerca de 5 pisos, incluindo uma estrada romana e uma cripta. Em comparação com ordenados e tarifas de entradas em monumentos, cá é tudo bem mais caro. Não é pior nem melhor, não é isso que estou a dizer, é mais caro.
A arquitetura do museu prende-nos mal entramos: os arcos, a profundidade, a luz. É um espaço muito agradável e bem organizado.
Uma das piolhas tem esse mesmo espaço e impacto como parte favorita da visita ao museu, a outra e eu perdemo-nos com as moedas dia vários governos (a numismática) e a joalheria.
A cripta ainda tem trabalhos e escavações em curso e o acesso mostrar-nos uma estrada romana em excelente estado de conservação.


Nunca falámos espanhol ou portunhol. As pessoas com quem cruzámos nas bilheteiras e restauração não pareceram minimamente incomodadas com o nosso recurso ao português. Ao contrário do que aconteceu em Vigo com um empregado que atirou logo ao "no te entiendo", aqui foi tudo muito fluido e natural. Mas divertimo-nos imenso a tentar ler com sotaque e dizer os nomes das ruas.

 

Depois de cumprida a planificação, regressámos estafados ao carro e fomos até aos arredores da cidade, abastecer de mais água, lanchar e ficarmos pasmos com as diferenças de preços em relação ao alguns produtos iguais aos que cá se vendem. E, dali, de volta à fronteira, ao Alentejo, à Beira Baixa e depois à Beira Litoral. Mais 300 km.

Correu tudo bem e vale a pena. Mérida é uma cidade apaixonante, cheia de luz, bonita e simpática. E cheia de História, a minha parte favorita.

 

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publicado às 18:36

Sim, saímos com as nossas filhas

por t2para4, em 06.08.17

Muitas pessoas me têm indagado e questionado acerca das nossas saídas, em especial, no que toca à questão "piolhas". E a todas eu respondo o mesmo que o marido responde: não faz sentido, nesta fase, sairmos sem elas. Onde nós vamos, elas irão connosco, gostem ou não gostem.

"Ah e tal, mas e não têm fins de semana a sós?": não. Para já, não faz sentido deixá-las algures para comemorar algo encaremos que deva ser comemorado em família. Além disso, quando elas tiverem aí uns 15 ou 16 anos não deverão querer andar com os cotas dos pais para todo o lado e, acreditamos nós, que já possam ficar com os avós sem lhes dar uma carga de trabalhos.

 

"Ah e tal, mas e por que não ficam com os avós?": sim, ficam. Ficam com os avós umas horinhas ou um dia inteiro mas nunca passam a noite por lá para que nós possamos ir a algum lado. Nunca surgiu essa oportunidade, o marido trabalha por turnos, e, para já, não faz sentido. Além disso, quando elas tiverem aí uns 15 ou 16 anos não deverão querer andar com os cotas dos pais para todo o lado.

 

"Ah e tal, como é que consegues que elas fiquem tão sossegadas e se portem bem?": a verdade é que há aqui muito muito muito trabalho, muitos anos de treino e prática. Lembro-me que a primeira médica de desenvolvimento que nos acompanhou nos dizia em agosto de 2010 que em dezembro iríamos conseguir ir a uma área de restauração com elas. E eu pensava que havia de ser dezembro mas sabia-se lá de que ano... Mas há aqui três fatores chave: persistência e resiliência e negociação. Nunca desistimos de as levar a todo mas mesmo todo o lado para que soubessem e conseguissem aprender o saber-estar em diversas situações e espaços diferentes. Inicialmente, levavamo-las nos carrinhos (quando eu saía sozinha, iam num bengala com lugares lado-a-lado - parecia o circo, tudo a olhar - porque era-me impossível usar os meus únicos e insuficientes dois braços para as segurar e trelas nem pensar - opinião do marido. Andámos nisto até quase aos 5 anos, desenvolvi uns músculos dos braços fenomenais) com uma parafernália de brinquedos para que se sentissem acompanhadas por algo familiar, as mãos delas tinham de estar sempre ocupadas. Depois começaram a ficar demasiado crescidas para andarem de brinquedos nas mãos e lá conseguimos negociar com o nosso telemóvel mas só quando se espera ou num local onde seja necessário muito silêncio. Com o passar do tempo e aquele click maravilhoso da maturidade, até isso já se tornou desnecessário.

Passámos por muitas vergonhas, muitos espetáculos deprimentes, muitos apontar de dedo, muitos cochichos, muitos olhares de esguelha e sei eu o que mais; passámos por muitos meltdowns nos momentos e locais mais inapropriados e pensámos que era daquela que nos fechávamos em casa até nos transformarmos em pó... Felizmente, o nosso mau feitio e teimosia não deixaram e levámos nós a melhor.

Agora sofremos da cura: se passarmos um dia num shopping ou numa ala comercial qualquer, mesmo que depois fiquem rabugentas, estamos a dar-lhes a provar o sabor do arco-íris. O que acaba por nos facilitar a vida para outros contextos, como uma sala de espera num hospital ou numa repartição pública. As piolhas já estiveram na véspera de natal na loja do cidadão de Coimbra com gente até ao teto à espera comigo por 3h... E no mês passado, com a avó, nos HUC, devido a um "problema no sistema" mais de 5h (só cedi o telemóvel quando uma delas começou a chorar de frustração, um choro baixinho e doloroso...). Só as sujeito as estas esperas quando não tenho hipótese de as deixar com alguém. Mas não deixam de ser fatores de aprendizagem.

 

"Ah e tal, como fazes?". Sempre que sei que vamos apanhar uma seca algures, vou preparando para o que se avizinha. No dia, reforço os nossos passos e o que faremos e preparo uma mochila com materias básicos de sobrevivência: cadernos, um estojo com lápis, borracha, canetas e afia, pequenos brinquedos do estilo Littlest PetShop ou Shopkins. O telemóvel com acesso à net e o jogo Water Heroes de que tanto gostam só é dado em ultimo recurso. 

Quando vamos de passeio, costumamos deixar que levem os tablets mas só podem usar em pequenas partes da viagem e só no carro (ou no quarto de hotel, por uns minutos, enquanto tomamos banho) e acedo a que levem, para dormir, uns My Little Pony miniatura de peluche. É algo que lhes traz conforto e familiaridade, por isso, para já, nest afase, ainda não me importo e vamos cedendo.

 

"Ah e tal, e elas portam-se bem?", sim, na maioria das vezes, sim. Mas é aí que entra a negociação: se souberem portar-se bem, se não houver birras nem fitas, se não fizerem barulho, no final, quando saírmos podemos... (exemplos: sair para comer um gelado, tomar um café fora, almoçar no Mc Donald's, dar um passeio a pé, comprar um miminho, etc, dependendo da seriedade da espera/da saída/da siuação).

Nem sempre é fácil! Muitas vezes, passo o tempo todo tesa que nem uma tábua, com mil olhos na cara e expressões de aviso que fariam um mimo morrer de inveja e chego ao final do dia cansadíssima. Mas se não for assim, como aprenderão? Se não saírmos, se não nos / as sujeitarmos, como saberão o que fazer? Por isso, vou arriscando. Vamos assricando, gostem os outros ou não. Não é por eles nem para eles que fazemos o que fazemos. As nossas filhas serão pessoas autónomas com uma vida própria e queremos prepará-las o máximo e o melhor que soubermos e conseguirmos.

 

Para já, todas as nossas saídas e planos incluem as piolhas. A curto prazo, estamos a planear conhecer o Algarve de ponta a ponta e fazer a rota da EN2. Com as piolhas, de carro, com planos bem definidos. 

Conhecer a Escócia, viajar para a Irlanda e ocnhecer tudo de lés a lés com mochilas às costas e a pé, ir jantar romanticamente a Paris, fica para depois, para aquela altura em que as piolhas pedirão para ir dormir a casa da tia da tia ou ficar com os avós, para quando andar com os cotas não for cool e terão vergonha de ver a mãe e o paí aos beijinhos eheheeheh (até porque elas não gostam nada de caminhadas nem de dias demasiado cheios de estímulos) Mas levás-las-emos connosco se elas quiserem! Mas será mais fácil negociar, nessa altura.

Até lá, vamos passeando bastante pois, já se sabe, #agentegostaédelaró

 

 

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publicado às 21:07

Sintra, vila encantada

por t2para4, em 05.08.17

Quando fomos a Lisboa ao encontro da Volvo Ocean Race, aproveitámos para ir também a Sintra. 

Sintra é, para nós, especial. Foi, na altura em que casámos, o local onde decidimos passar a lua de mel (não viajámos para fora nem para longe, ficará para um futuro próximo). E ficámos rendidos, apaixonados, maravilhados. Tanto que acabámos por lá regressar no ano seguinte e visitar o que não tínhamos conseguido. 

Quisemos passar esta paixão e este enamoramento às piolhas. E nem precisámos de fazer muito, bastou levá-las. A vila encarregou-se de espalhar a sua magia e de a deixar fazer efeito. Está tudo tão semelhante ao que era há 12 anos mas diferente, ao mesmo tempo. Continua a ter uma luz incrível, mágica, sombras e recantos que parecem saídos de um conto de fadas, uma frescura que não imaginamos noutro local, mesmo com um calor imenso. É Sintra, ponto. 

Costumo dizer que, se alguma vez mudar de casa, será para Sintra histórica ou para uma cidade semelhante a Vigo - com serra e mar, com beleza histórica e com modernidade, tudo conjugado sem chocar.

 

O primeiro stop às piolhas foi na Fonte Mourisca para que vissem a beleza de tudo aquilo e tivessem um pequeno vislumbre do quanto ainda lhes faltava ver. Lanchámos num jardim ali perto e decidimos que iríamos passear para matar saudades e jantar por lá.

 

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Estacionámos e fizemos o percurso até ao centro a pé. Fomos ver o Palácio de Sintra e tirar fotografias. Já se notava, apesar de estarmos em maio, um afluxo enorme de turistas.

As vistas são fenomenais e, apesar do cansaço, foi fácil continuar a (re)conhecer a cidade.

 

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Depois de jantar, fomos para o hotel e decidimos regressar a Sintra depois de visitar Belém. Queríamos mostrar um palácio de princesas às piolhas. Muito sucintamente lá lhes contei a história associada ao palácio e que iriam ver algo maravilhoso e único, uma mistura de épocas como o Romantismo com laivos mouriscos. Foi um antigo convento cuja localização no meio da serra apaixonou o rei-consorte D. Fernando II que se dedicou à sua (re)construção e embelezamento. Mais tarde, passou a ser o local favorito da rainha D. Amélia, principalmente após o regicídio. É possível visitar as áreas de trabalho e lazer por onde passaram vários reis, incluindo D. Carlos e D. Manuel II. A área das cozinhas remete-nos para as cozinhas vitorianas da série televisiva mas com muito mais luz.

O único senão, além das eternas obras (já havia obras há 12 anos), foi o preço. Convencidíssima de que iria beneficiar do facto de ser o 1º domingo do mês e não pagaríamos entrada, fomos informados que tal é só para munícipes; pagámos o bilhete-família que custou a módica quantia de 49 euros. Fiquei sem ar, paralisada, sem saber o que fazer... Enfim. Fiquemos por aqui. Paguei e bufei um bocadinho.

 

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Foi incrível ver as piolhas a identificar as personagens reais, a dizer os nomes dos reis e a deliciarem-se com as fotografias de época das famílias reais. Apesar de estar muita gente, conseguimos fazer uma visita tranquila e calma, com pequenos apontamentos históricos e contextualizados.

 

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Dali ainda fomos aos Jardins da Pena mas o cansaço já era muito e não fizemos o percurso todo. Ficarão para uma próxima, tal como a Quinta da Regaleira, Monserrate e respetivos jardins e o Cabo da Roca. Ainda tentámos lá chegar mas com tantas obras nas vias públicas e desvios manhosos, o GPS entrou em stress e acabámos por mudar de ideias. Regressaremos numa outra altura e veremos o que não conseguimos desta vez.

A Quinta da Regaleira seria maravilhosa de revisitar mas tivemos medo de esticar a corda... As piolhas já estavam a demonstrar sinais de cansaço e a Quinta pede muita caminhada e muita atenção a pormenores que quero contar às piolhas. Ficará para uma próxima.

Não quisémos arriscar o excesso de estímulos. Já tínhamos feito cerca de 8km a pé em Lisboa, mais as voltas a subir até ao Palácio, em Sintra. As piolhas estiveram impecáveis, apenas com uma ou outra rabugice pontual que tentamos ignorar, apelando à oportunidade incrível que estavam a ter e um ou outro suborno de "depois vamos almoçar ao McDonald's ou ao Pizza Hut". Acabou por resultar. E um dia não são dias. 

 

Há 12 anos fomos a Sintra em agosto e, apesar de ser época alta, conseguimos andar descontraidos e com calma, visitámos tudo o que queríamos sem problemas. Desta vez, fomos em maio e pareceu-me haver mais gente, talvez por ser fim de semana de bom tempo, não sei. Ainda assim, não foi tão complicado como pensei e conseguimos fazer o que queríamos, sem perdermos tempo em filas de espera - isso estava fora de questão.

Sintra vale mesmo a pena, em todos os aspetos. É uma vila maravilhosa, linda.

 

 

 

 

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publicado às 10:09

Em apenas uma imagem...

por t2para4, em 27.06.17

... acho que se resumem os últimos tempos: o descanso momentâneo do corpo na areia e dos olhos e da alma com a admirável paisagem; as brincadeiras das piolhas em plano de fundo; o vigiar constante: não muito próximo, para se poder treinar a autonomia e a responsabilidade, nem muito longe, para se poder chegar-lhes a qualquer instante.

As minhas meninas, a minha motivação, a minha razão de tudo - a minha vida, basicamente. 

 

 

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 (foto tirada na Foz do Minho, com Espanha à direita, o Oceano Atlântico em frente e o Forte da Ínsua à direita)

 

 

 

 

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publicado às 10:16

"O mundo não chega"

por t2para4, em 10.06.17

Temos saído muito nos últimos tempos, passeado muito, viajado muito, aqui por perto. O mais longe que já fomos com as piolhas foi até Sintra (para Sul) e até Guimarães (para Norte). Não é sequer opção irmos sem elas e não faz sentido nenhum deixá-las em caas dos avós ou com a tia. Queiram ou não queiram, vão connosco (como, às vezes, lhes digo já exaurida e chateada, "vão connosco nem que seja p'ró raio que parta!"). Por isso, acho que este mote se nos adequa. "The world is not enough" é o lema do James Bond. E, honestamente, acho que poderia ser bem ser também o das piolhas. Porque não queremos que o mundo seja suficiente.

 

Às vezes, as piolhas não querem mesmo sair e fazem fitinhas e miam e chateiam e fazem choradinhos e imensas perguntas repetitivas ad infinitum (que horas são? E agora, para onde vamos? Já podemos ir?).

As nossas saídas têm de ser planeadas e partilhadas com elas, desde o início do itinerário ao que pretendemos visitar. Claro que, ao mesmo tempo, temos de as avisar de que pode haver imprevistos e aquele local estar fechado ou em obras ou mudarmos de ideias e visitarmos outras coisas no caminho. Sabemos que, muitas vezes, a incessante repetição do "para onde vamos agora?" é o autismo a fazer das suas e a causar alguma ansiedade face ao desconhecido. Não sabemos bem como agir, não temos receitas nem indicações e, se alguma vez, houve livro de instruções, não mo deram. Não desistismos e vamos juntos, os 4. 

Para já, a parte das horas resolveu-se com um relógio. Cada piolha leva o seu, numa saída e pronto. E até calha bem pois é de ponteiros e sempre vão treinando. A parte do itinerário vai-se resolvendo à medida que vamos seguindo. Tem é de haver sempre uma recompensa (que pode ser uma ida ao um Shopping ou um almoço no McDonald's).

 

O que nós queremos é que as nossas filhas tenham o maior número de vivências possível que lhes possa ensinar algo, que as ensine a enfrentar os seus receios e as suas ansiedades e acabem por verificar que, afinal, corre tudo bem, que passear é algo muito bom, que sair não tem que ser necessariamente para locais confusos cheios de pessoas; queremos que gostem de sair e que se forcem a sair, nem que seja para conhecer um local novo de cada vez; queremos que gostem do gostinho que dá conduzir, fotografar algo novo aos seus olhos, conhecer um local novo;

não queremos que fiquem fechadas em casa; não queremos que se isolem.

Queremos que o mundo não chegue. Por isso, apesar de, às vezes, haver algumas birras e algumas frustrações da nossa parte, não desistimos e vamos porque "the world is not enough".

 

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publicado às 21:24

Fim de semana fora - Belém - parte 2

por t2para4, em 23.05.17

Ora, continuando a nossa experiência de um fim de semana fora. O tempo para escrever não abunda e, infelizmente, ainda não descobri uma forma de passar todos os meus posts mentais para o blog. Vamos à parte 2.

 

Logo depois do evento Volvo Ocean Race, fomos a Sintra matar saudades, ainda que por uns breves momentos, e acabámos por lanchar e jantar por lá. Uma visita à séria ficou mentalmente agendada para depois. Recapitulámos o que tínhamos planeado em casa:

- passaríamos a noite no hotel (ficámos no Holiday Inn Express Lisbon – Oeiras que reservámos através do site amoma, a um preço super convidativo, com pequeno-almoço incluído. Condições incríveis, higiene e limpeza fantásticas, ambiente muito calmo e tranquilo. Falando com as piolhas sobre tudo isto, para elas, foi o máximo dormir num quarto de hotel e ter um pequeno-almoço tão variado com tabuleiros na mesa).

- aproveitaríamos para visitar os monumentos na zona de Belém de forma gratuita, visto ser o 1º domingo do mês, mas tentaríamos evitar o tempo de espera em filas ou em locais que não dissessem muito às piolhas.

- tentaríamos estacionar numa zona relativamente segura e próxima da área que pretendíamos visitar e almoçaríamos por lá.

 

No domingo, acordámos cedo com miminhos das piolhas por ser dia da mãe e, pela 1ª vez, vimos que havia pouco trânsito eheheheh nem parecia Lisboa. Chegámos a Belém pelas 8h45, estacionámos no parque ao lado do Monumento ao Combatente e preparámo-nos para visitar o máximo possível a pé.

A 1ª paragem foi em passagem pelo Monumento em si, a que apenas aludi que homenageava todos os soldados portugueses mortos em combate ou funções militares e expliquei que a maioria das placas com nomes e nomes quase sem fim se referia à guerra do Ultramar (o nosso Vietnam, por assim dizer). Não quisemos entrar em muitos pormenores pois esse conteúdo será mais tarde abordado na escola. Referi a importância do respeito pelos locais onde passávamos: tirar fotos e selfies é fantástico e sou totalmente a favor mas desrespeitar túmulos ou invadir áreas fechadas ou interditas é, além de proibido, de uma desconsideração e desrespeito atroz. Vimos gente a tirar fotos em cima do túmulo do soldado desconhecido para ficarem bem ao lado da chama ou em janelas do Palácio da Pena. Visitar sim, respeitar sempre.

 

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Próximo foi a Torre de Belém que nos maravilhou novamente. O Tejo estava em maré baixa, havia um cheirinho fantástico a maresia, não se via ninguém por ali (à exceção de algumas pessoas a correr). Vimos tudo o que conseguimos por fora, analisámos a miniatura e até percebemos a sua importância na saída das naus pela altura dos Descobrimentos.

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Dali, depois de vermos o avião alusivo à 1ª travessia aérea do Atlântico Sul por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, avançámos para o Padrão dos Descobrimentos, sempre à beira rio, a ver entrar um navio-cruzeiro e passarem os rebocadores, os veleiros, as lanchas. Lá, vimos as figuras em relevo nas laterais do monumento, o desenho do monumento em si, a espada que “segura” tudo e as piolhas correram pela roda dos ventos a identificar os pontos cardeais de que se lembravam.

 

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Atravessámos a rua, pelo túnel, em direção aos Jerónimos, mas não deu para irmos pelos jardins centrais por causa de um evento, mas fomos pelos laterais e ainda vimos patinhos bebés. No Mosteiro dos Jerónimos já havia filas intermináveis e ainda não eram 10 horas. Vimos o exterior e ponderávamos seguir, mas reparámos que a entrada para a Igreja/Panteão estava sem pessoas. Vimos os túmulos de Luís de Camões e de Vasco da Gama, que as piolhas identificaram logo, e a beleza da pedra trabalhada com elementos a lembrar o mar e a natureza. Mesmo na penumbra, é sempre deslumbrante.

 

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Próxima paragem quem adivinha? Pois claro! Ali na zona, tinha mesmo de ser no belo do pastel de Belém! E foi! Mais um deslumbre das piolhas naquela fábrica com ar de café que afinal é um autêntico mundo de salas.

 

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Fomos para o MAAT pelo jardim. Ainda fomos abordados por uma senhora idosa cigana que nos queria ler a sina e afiançou logo que estávamos carregadinhos de inveja. Sorrimos perante o óbvio, mas recusámos, apesar da simpatia (e do desconto do preço que nos fazia) da senhora. Deu para as piolhas ficarem a conhecer a residência oficial do Presidente da República e acharem o máximo ele viver mesmo lá.  Na direção oposta à caminhada que encontrámos (algo relacionado com a Dona Estefânia e que associei a maternidade e ao dia da mãe), caminhámos à beira-rio até ao MAAT, passando pelo Museu da EDP. Que vistas deslumbrantes! E o Tejo tão lindo, toda aquela luz… Lisboa é uma cidade extremamente luminosa que parece sempre tão jovem.

 

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Não avançámos mais e decidimos adiar uma visita ao Aquário Vasco da Gama para uma próxima – por causa do estacionamento. Voltámos para trás sempre à beira-rio, a aproveitar toda aquela luz e sol e maresia. Eu aproveitei para rever alguns dos monumentos e as piolhas para os conhecer – ainda que fosse só pelo exterior. Mais tarde, numa altura menos movimentada e com menos calor, faremos o mesmo percurso, mas a visitar o seu interior e até alargar para o Museu de Marinha, Museu dos Coches e afins.

 

Chegámos cansados ao carro mas com aquele cansaço bom de quem gostou do que fez e viu. E decidimos, sem mais nem menos, regressar a Sintra.

 

 

 

 

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publicado às 11:17

Fim de semana fora - Algés - parte 1

por t2para4, em 16.05.17

Tentei não me entusiasmar muito antes da data marcada para não ter expectativas muito altas e, depois, acontecer algum imprevisto e não irmos para lado nenhum. A ideia era participar num encontro de proprietários Volvo no âmbito da Volvo Ocean Race, passar a noite num hotel perto de Lisboa e conhecer Belém e aproveitar o 1º domingo do mês para visitar alguns museus sem pagar. Correu tudo muito bem, conseguimos finalmente concretizar um desejo que já aqui andava há muito tempo, acabámos por fazer isso tudo e ainda apresentar Sintra às piolhas.

 

Marcou-se um encontro da Volvo, associado à Volvo Ocean Race. As condições para nos inscrevermos e participarmos eram apenas ser proprietário de um veículo (não importa qual, pois, no encontro até um camião apareceu) da marca Volvo. Os únicos custos envolvidos foram mesmo em combustível e refeições.

 

Por partes: a Volvo Ocean Race consiste no seguinte: É uma regata em vela, que parte a 22 de outubro de 2017 em Alicante, Espanha, durará oito meses e será a mais longa de sempre, com 11 etapas nos cinco continentes. Este percurso, que terá passagem em Lisboa, é o mais longo e exigente da história das 43 edições da competição. A primeira etapa de mar ligará a cidade espanhola a Lisboa, a 22 de outubro, num total de 1.300 quilómetros. Lisboa terá direito igualmente a uma regata costeira, a 28 de outubro, para, a 05 de novembro, os barcos largarem de Lisboa rumo à África do Sul, sendo que a 08 de dezembro haverá nova exibição em frente à Cidade do Cabo. Mais informações em http://www.volvooceanrace.com/en/home.html

 

Para nós, participantes do encontro, houve a oferta de test-drives de várias viaturas (desde jipes a híbridos), visita guiada ao armazém/estaleiro de construção dos barcos e passeio no Tejo num speedboat (também fabricado pela Volvo).

Escusado será dizer que, uma vez lá, aproveitámos para fazer o gosto ao dedo. Eu conduzi um jipe com mudanças automáticas pela Doca de Pedroços (deus ma livre ter de sair dali e enfiar-me naquelas ruas, desculpem, mas aquele trânsito assusta-me). O marido conduziu um híbrido de 2 motores, versão break: elétrico e combustível. As mudanças automáticas não me apaixonaram (gosto muito de controlar a condução do carro) e o silêncio dos motores do híbrido intrigaram o marido (habituado a motores que roncam). Mas foi bom conduzir carros novos pelo menos uma vez na vida eheheheheh As piolhas andaram sempre connosco e davam a sua opinião sobre tudo, obviamente. Continuam a preferir os nossos carros velhinhos embora tenham gostado da break.

 

O recinto tinha rolotes para que pudéssemos petiscar e tomar um café sem necessidade de sairmos da Doca e as casas de banho eram nos armazéns. 

 

Passeámos imenso por aquela área, desde a zona de rebentação do Tejo, ali mesmo na foz, até ao final do passadiço, cheio de gaivotas. Ainda deu para darmos um pulinho a pé à Torre de Belém, depois de almoço, para dar um pequeno vislumbre daquele local lindíssimo e cheio de turistas nacionais e estrangeiros às piolhas. Explicámos-lhes também sucintamente em que consiste o Museu do Combatente e o Monumento erigido. Deu para perceber que elas quase que sentiam o peso de tantos nomes naquelas paredes…

 

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De regresso à Doca, apanhámos a visita guiada aos barcos e ao estaleiro. É incrível ver como funciona um verdadeiro trabalho de equipa onde todos metem as mãos na massa, desde o diretor neozelandês ao engenheiro português. Os barcos são praticamente feitos à mão e todos colaboram para um mesmo fim.

 

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Terminada a visita, hora de passeio. E posso garantir que, apesar de ter sido fantástico, não é uma experiência que volte a repetir. De coletes colocados, com as crianças nos bancos em frente aos adultos, lá fomos, com duas piolhas cheias de entusiasmo, a falar e a falar e a falar e a falar. Mal saímos da zona do porto, começam a aceleração (que afinal “só” foi até a um máximo de 60km/h) e as acrobacias. O-h   m-e-u   d-e-u-s…… eu só fincava os pés no chão do barco, agarrava-me ao banco e segurava uma das piolhas, repetia incessantemente “segura-te, agarra-te” enquanto ela gritava histericamente de felicidade, repetia “É brutal!” e estava mesmo com a adrenalina no máximo. O marido tinha as alças do colete da outra piolha bem presas numa mão enquanto fincava os pés no chão do barco e tentava filmar alguma coisa. E lá íamos dizendo à piolha mais incomodada “está tudo bem” ao que ela respondia “não, está não!” mas nem pensar em levantar o braço para mandar parar o barco. E eu só temia que uma delas vomitasse em jato e era uma vergonha pegada. Mas não. Elas estavam mesmo a aproveitar aqueles 20 minutos ao máximo - apesar dos saltos, das ondas, das rotundas doidas em água, de mais saltos, de guinadas para a direta e para a esquerda.

Fomos da Doca de Pedroços até aos pilares da Ponte 25 de Abril e Crsito Rei, sempre no Tejo (que depois de levarmos com uma onda na cara, descobrimos ser salgado).

Foi porreiro mas confesso que desperta todos os meus sinais de alerta e de atenção. Mas depois vem a parte racional que nos diz que há crianças a bordo e os condutores fazem aquilo na boa, a velocidades bem maiores e não são amadaores. 

 

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Foram experiências incríveis e que, certamente, se transformarão em memórias fantásticas. Elas gostaram imenso e nós também. É o que verdadeiramente importa.

 

 

 

 

 

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publicado às 11:28

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