É um processo. Ao contrário do que aconteceu com o desfralde diurno, não posso dizer que foi rápido e de um dia para o outro. Aqui já preciso de estratégias diferentes.
O pediatra da unidade de autismo não é muito a favor de acordarmos os miúdos para os colocar a fazer chichi. Eu não fazia isso mas, dado que as piolhas vão para a cama por volta das 21h30 e só acordam às 7h do dia seguinte (em noites boas!), era raro acordarem sozinhas e irem sozinhas à sanita. Acabava sempre por ter uma ou outra a fazer um chichi durante a madrugada.
Pensei um pouco e optei por alterar algumas coisas e simplificar:
- mantêm-se os horários de ir deitar
- não há restrições quanto ao beber água ao jantar
- não há líquidos imediatamente antes de dormir
- por volta da meia-noite ou 1h, levo sempre as piolhas à sanita (inicialmente uma delas, com um feitio desgraçado ao acordar - 10 vezes pior que eu! - gritava-me e dizia-me "eu estou a dormir, não há chichi!" vezes sem conta e nem me deixava tirar-lhe a roupa; agora já se habituou e não me ralha)
- a porta do quarto delas e a porta da casa de banho ficam abertas, a tampa da sanita fica na posição habitual (nem toda levantada nem fechada) para facilitar.
Tem resultado e tem corrido bem. Estou mesmo muito satisfeita por ter sido algo que foi feito ao ritmo delas, um pouco por puro acaso, sem sacrifícios delas ou nossos, e, acima de tudo, por ter sido numa idade "normal" e não haver, à partida, sinais de enurese notrna (algo que existe nos dois lados da família).
Parabéns, piolhas!