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Sinceramente eu juro que não sei por que ainda me dou ao trabalho e ao benefício da dúvida. Chega. Saímos hoje, a pedido das piolhas e para comprar uma prenda de aniversário para o pai. Correu terrivel e pesadelosamente mal. Atingi o meu limite.
Acabaram, de vez, todas as saídas. Todas.
Não me convidem para encontros, festas (sejam elas de que tipo for), batizados, casamentos, etc. Nem para um café sequer que implique levar a família. Não me falem em almoços ou jantares, em idas à praia ou à piscina. Somos total e absolutamente anti-sociais por imposição. Tentámos, lutámos e falhámos. Quando estivermos prontos para abolir esta nossa decisão, avisaremos.
Não insistam, façam apenas o favor de (tentar) compreender. Se quiserem pois neste momento já me estou a borrifar para o que os outros pensam.
Só vejo aspetos positivos nesta decisão: não gasto dinheiro, não me chateio, não tenho que preparar ninguém com antecedência do que vamos fazer e para onde vamos, não tenho que levar com birras, não tenho que levar com gente a olhar como se eu fosse ET (esse já há muito que foi para casa, lembram-se?), não tenho gente a recriminar-me ou a olhar de lado, não tenho que perder a paciência, não tenho que ouvir gritos ou ver meninas a atirar-se ao chão, não tenho que gerir sonos/refeições/estímulos. O dinheiro/esforço/energia/combustível/preparação que dispensaríamos numa saída básica a um shopping da treta ou a um mcdonald's vulgaríssmo podem reverter a favor de umas férias num futuro. próximo ou distante, não sei. Basicamente, só coisas boas!!!
O que vamos fazer se não saímos? Simples: exercícios. Ficamos em casa a fazer exercícios. De todo o tipo: físico, cognitivo, intelectual. Porque, assim como assim, para o próximo ano letivo, se houver uma crise deste género, pode até ser que elas nem percam tudo e já levem alguma bagagem. Podemos ver um filme ou brincar ou arrumar a casa ou pintar ou ou ou ou ou. Não quero saber. Sair, não saio.
E podem vir agora os experts todos, os médicos e enfermeiros, os psicólogos e terapeutas que eu empresto-lhes a todos de bom grado as minhas piolha spor uma única tarde e depois conversamos e alinhamos estratégias. Até lá, até esse dia, palavras leva-as o vento.