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Seria tudo muito mais fácil e assertivo se eu pudesse compreender em pleno o funcionamento do cérebro das piolhas, sentir o que elas sentem, perceber o que sentem quando tentam exprimir-se, perceber o que sentem quando estão em descontrolo. Isto ajudar-me-ia tremendamente a tentar evitar crises e episódios que lhes toldam a mente e a utilizar as estratégias corretas e adequadas em vez de andar a tentar, na esperança de que talvez se acerte...
Tal como a nossa Daniela, aqui, já comecei com algumas ideias de sensibilização em relação ao autismo mas não chega. Tenho que utilizar outros meios para chegar a mais gente, a gente cá da terra, a gente que nos rodeia, a gente que ainda nem squer diferencia uma gripe de uma constipação.
Mas, para já, ainda não tenho essa coragem nem a força necessária para isso... Estou/estamos em fase de recuperação. Hoje contactei o pediatra da unidade de autismo que acompanha as piolhas para lhe enviar os relatórios do ano letivo transato e da terapia da fala e aproveitei para o colocar ao corrente. Não sei explicar bem mas noto que há algo de estranho, algo que não bate certo. Aguardo orientações e estratégias - que resultem, de preferência.
Tenho mantido a cabeça ocupada com arrumações, limpezas e procura de emprego. Deitei muitas coisas fora, doei muitas outras, guardei menos.
Agradeço o envio desta mensagem...
É verdade mas poderia haver outro modo de descobrir essa força, não? Ainda me falta uma resposta a uma pergunta: porquê as minhas filhas, que não fizeram mal nenhum a ninguém e nem têm jeito nenhum para maldades? Grumpf.
E enquanto eu tento enfiar-me na caixa para perceber como pensa um autista, há que fazer com que os restantes saiam da sua área de conforto e da sua caixa e se apercebam que há crianças diferentes - mesmo que sejam fisicamente iguais. E que, muitas vezes, essa diferença não se vê. Sente-se.