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Podia agora referir uma série de citações, alusivas à minha pessoa e aos últimos tempos, desde o que o René do "Allô Allô" dizia à sua esposa ao que Liz Taylor referia. Obviamente, prefiro esta última:
É tempo de seguir, não sei bem para onde nem a fazer o quê. Preciso quase desesperadamente do cálculo frio e da distância que o marido consegue ter em relação a estas coisas que nos vão afetando. Não é afastamento nem desinteresse mas sim uma maneira mais saudável e racional de ver as coisas e lidar com elas. A verdade é que, ao fim destes 3 anos e com a proximidade da entrada das piolhas para o 1º ciclo, sinto que há tanto que ainda fica para trás mas tantas coisas já conquistadas in advance (como os princípios da leitura e do cálculo matemático) e eu não consigo aceitar a ligeireza e facilidade com que outros atingem as coisas e tudo parece natural e para mim não é.
Assim sendo, e porque já vai sendo tempo de ir lambendo feridas antigas ou retirar estilhaços - a visão que melhor expressar o que quero dizer -, vou aproveitar bem estas férias do marido e relaxar dentro do que puder. Descansar mais, não me forçar a tarefas que me custam imenso fazer, relaxar no que me exijo - a mim e às piolhas -, deixar andar um pouco ao género "laissez-faire laissez-aller". E colocar em prática parte do que o meu médico de família sugeriu: as piolhas têm gente especializada a trabalhar com e para elas, não tenho que ser eu a controlar tudo e atentar reproduzir isso em casa. Deixar, simplesmente, que as coisas fluam.
Vou redecorar algumas das paredes lá de casa :), algo que comecei já a fazer esta semana, vamos sair mais com as piolhas e ver se, pelo menos, independentemente de birras e miados e choros e gritos, saímos e elas vão aprendendo alguma coisa e vou começar a meter na minha cabeça que, para autistas, as minhas filhas são é muito perfeitas em comparação (lá está, o raio da comparação) com outras crianças que ditas "normais" têm comportamentos desadequados e inapropriados e etc e tal, quem trabalha numa escola conhece bem esta realidade e nem precisa de ser professor para a ver lá, escarrapachadinha. Por isso, breathe in breathe out e bola prá frente ou para otro lado qualquer, que parados é que não dá. E para trás, só se for para virar à esquerda na interseção anterior e seguir outro caminho.