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Não se compadece de nós e voa, rapidamente, quase fugidio, embora não lhe demos muita rédea. Ainda ontem tinha 2 bebés no regaço, carregava carrinhos e sacos com mudas de roupa e leite, dobrava roupinhas minúsculas. Hoje, o meu colo parece pequeno para tanto tamanho de pernas e braços, já doem as costas ao dar colos, dobram-se roupas enormes... O tempo passa mas todos os dias nos mostra que é possível fazer crescer um amor, já de si imenso. Começou bem antes mas redobrou no nosso 1º encontro - afinal, é verdade, há amores à primeira vista -, naquele dia 27 já tão distante, quando fomos inundados com todo aquele sentimento de amor, de responsabilidade, de medo, de plenitude... Ser mãe não se explica, sente-se, vive-se. Ser pai é igual.
Há 9 anos, por esta altura, nasciam os nossos mais preciosos tesouros. Há 9 anos, tornei-me mãe. Há 9 anos, o marido tornou-se pai.
Há 9 anos, a nossa vida como casal passou a ser mais completa, muito mais feliz, muito mais plena. Há 9 anos, descobrimos um outro "eu", juntos.
Em 9 anos, descobrimos tanta coisa, aprendemos tanta coisa, vivemos tanta coisa...
Em 9 anos, visualizámos perfeitamente o que é ter o coração a bater fora do peito, o amar tanto que até doi, o querer tão bem que não é mensurável.
Em 9 anos, descobrimos medos - ai os medos, senhores... - que não sabíamos serem possível existir.
Em 9 anos, ter os filhos sempre no pensamento, colocá-los em primeiro lugar, tê-los como prioridade, faz todo o sentido e não precisa de xplicação nem de exercício prévio; é natural.
Em 9 anos, todos os dias aprendemos a ser mãe e pai, todos os dias nos questionamos se estamos a fazer algo certo ou errado, todos os dias temos dúvidas e culpas. Mas, todos os dias, seguimos em frente, independentemente de tudo.
Há 9 anos, as nossas piolhas tinham 2, 430 kg e mediam cerca de 45 cm... Hoje pesam quase 26 kg e medem quase 1,30 cm...
Há 9 anos, nada - mesmo nada - nos faria estar preparados para a jornada que nos esperava, éramos os verdadeiros pais de primeira viagem. Hoje, mal acreditamos em tudo pelo que já passámos e onde chegámos. Hoje, mal acreditamos que as nossas bebés tão pequeninas já têm 9 anos e... já não são bebés pequeninas...
Há 9 anos, surgiu o melhor das nossas vidas e isso é a única coisa que realmente importa.
Por isso, 9 anos depois, vamos lá celebrar um aniversário duplo, soprar as velas do bolo, rir e brincar, correr e apanhar sol, crescer mais um bocadinho e celebrar a vida. Basicamente, keep rocking our world!!!!!
Parabéns, piolhas!!! E que nunca percam a capacidade e a competência de sonhar, de seguir em frente, de rir para a vida.
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(ou Behcet, já vi com as duas grafias).
Após 3 anos de crises intermitentes e de diagnósticos errados, depois de uma grave crise que durou 2 meses a passar, um médico muito conceituado de Coimbra, professor nos HUC e a exercer não só lá mas também no privado, foi quem diagnosticou Doença de Behçet (ou Síndroma de Behçet) à minha mãe (no privado, pois...).
Os sintomas já sabemos e, uma pesquisa rápida no google, por exemplo aqui e aqui , mostra tudo e mais alguma coisa, incluindo os riscos aliados. Infelizmente, o que não mostra - para variar - são testemunhos na 1ª pessoa ou até na 3ª pessoa de quem tem que lidar com esta doença - não importa o grau.
Neste momento, o médico de família está a ter alguns problemas em aceitar o diagnóstico - embora eu nem perceba porquê - e, para ele, tudo se resume a aftas que passam em cerca de 3 a 4 semanas... A medicação receitada é um problema porque interfere com outra medicação para outros males e acertar nisto é uma dor de cabeça. Portanto, à falta de melhores tratamentos, ala para as urgências dos HUC. Uma médica estomatologista disse-nos que era muito comum este tipo de reação por parte dos colegas de clínica geral - e eu sem entender o porquê mas tudo bem - e que estes sintomas, por serem tão comuns, costumam ser desvalorizados e isso é que não pode ser pois pode levar a problemas extremos graves como a queda da dentição e até cegueira. Felizmente, apesar das dores e dos sintomas, o grau é considerado ligeiro e controlável, no entanto, quando há crises não sabemos (ainda) o que fazer, além da medicação diária para o efeito.
Quem nos lê: há alguém que possa partilhar connosco alguma coisa (pode ser por mensagem privada ou email)? Há alguma forma de aliviar as dores durante uma crise (sem ser com ibuprofeno)? Há alguma forma (ainda que falível) de evitar que uma crise possa surgir?
Agradeço desde já.
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Hoje fomos visitar grutas: começámos na Gruta da Moeda e acabámos nas Grutas de Mira d'Aire. Como sabíamos que existem lagos e/ou pequenas poças para onde podemos atirar moedas, demos algumas moedas de centimos às piolhas para poderem atirá-las. Lá iam felizes com trocos nos bolsos.
Nas grutas de Mira d'Aire, decidiram atirar umas moedas logo no primeiro lago e guardar as restantes para os lagos finais. Apesar de ser uma visita guiada, havia alguma liberdade para nos adiantarmos ou atrasarmos no percurso para ver melhor o local e tirar fotos (desde que não demorássemos porque as luzes apagavam depois da passagem do grupo). Avançámos um pouco e pouco depois das primeiras grandes galerias, parámos para fotos e atirar moedas. Podemos ter muitos defeitos e falhas mas alguma coisa deveremos estar a fazer bem porque uma das piolhas pega na sua moedinha de cêntimo e, antes de a atirar para a água, diz:
"Que ajude todas as pessoas que precisam de ajuda." e ouviu-se o plop. Não será grande ajuda uma mísera moeda de 2 centimos mas só este desejo derreteu-me o coração...
Pouco depois, diz-nos o guia que o lago é artificial e é a nossa pequena e humilde Fonte de Trevi onde se diz que qualquer desejo, ainda que feito com uma moeda de insignificante valor, se concretiza sempre...
Vamos acreditar que sim...
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Foste embora sem marcarmos o nosso almoço e a nossa tarde de conversa, aquelas horas em que falaríamos dos nossos filhos e descascaríamos nas nossas sogras. Foste embora e não tivemos tempo para falar sequer.
Ainda não caiu a ficha, sabes? Parece que estou em loopings de "não acredito, deve ser um vírus no facebook, toda aquela gente a dizer disparates" com um "e agora? O que há agora?".
Custa-me que, para a semana, não estejas cá para mais um aniversário de casamento. Nem para mais um aniversário do teu piolho, para o mês que vem. Nem para mais um ano letivo, para setembro. Mas, torcida como és e com o mau feitio que tens, acho que deves seguir-te pelas mesmas linhas que eu e arranjarás maneira de voltar para terminar tudo - afinal, tens dois filhos para criar! Eu bem sei que há muita coisa na agenda para terminar ainda. E entradas para a escolinha e novos anos letivos e apresentações de ginástica e até marchas populares! Perder tudo isso, está fora de questão!
O mundo, às vezes, é um bocadinho cruel... Soube esta manhã. Não consegui voltar a dormir, na esperança de que tivesse sido um mal.entendido. Depois, as horas passaram e tivemos que seguir com as nossas rotinas mas não parece natural, sabes? Tive que preencher códigos de escolas e, de cada vez que passava na tua localidade, pensava em ti e nos tempos idos e em tanto que ainda te faltava fazer e viver. E não é justo. Não percebo quem faz estas leis ou quem escolhe quem vai ou fica, que requisitos segue, não entendo... E o mundo nem sequer parou um bocadinho para que chorássemos e limpássemos as lágrimas, acreditas? Não parou um segundo...
Estamos todos muito tristes, até o marido que se finge forte e se recorre de máximas da vida, talvez porque doi.
Estamos, apesar desta nova distância, contigo e com os teus. A torcer por ti e pelos teus. Com todo o amor e carinho que possas imaginar.
Por isso, marca lá na tua agenda o tal almoço e a tal conversa maldizente de sogras para um dia. Nessa altura, colocaremos a conversa em dia e falaremos dos nossos filhos - e quiçá netos - e diremos mal de nós, que já seremos sogras.
Até um dia, minha querida.
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A respeito disto:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/paracetamol-na-gravidez-aumenta-autismo-e-hiperatividade-diz-estudo.html
Tenho a dizer:
- existem demasiados outros estudos que atestam que o paracetamol é dos poucos medicamentos que quase (atente-se aqui, porque nunca há 100% de nada) não tem efeitos secundários e quase é seguro que a maioria das pessoas tome.
- a menos que vivamos uma tribo qualquer, há por aí algum xamã que me poss recomendar algo não químico e realmente eficaz que me baixe a febre das piolhas? Uma delas faz febres galopantes e nem sempre só o paracetamol a faz descer.
- que outras alternativas existem para, por exemplo, um bebé de 4 meses tome quando está com 40 º de febre?
- passei grande parte da gravidez internada ou de cama. A 1ª grande razão de um internamento foram as dores de cabeça, tão grandes e tão fortes e tão delibilantes que me punham a vomitar e a ter que usar óculos escuros dentro de casa. Eram dores tão fortes que, a certa altura, eu só desejava que a cabeça rebentasse de vez mas se descobrisse uma forma de salvar as minhas bebés. Foi assim desde as 10 semanas de gravidez. Só podia tomar... paracetamol e pouco mais. Tomei tantos que pensei que brincava dizendo que a 1ª palavra das minhas filhas iria ser "paracetamol", assim à séria. Mas, quer eu quer as piolhas, estamos aqui, vivas e saudáveis. Ainda bem que levei com o paracetamol.
- quase toda a gente toma paracetamol, homem ou mulher, adulto ou criança ou idoso, grávida ou não. A maioria das pessoas que toma não tem autismo.
- há algum - unzinho apenas - medicamento/remédio/poção/mezinha 100% seguro e eficaz e natural e saudável e sem contraindicações? Até a água que bebemos tem contraindicações. Lá está.
Poderia continuar a desfiar motivos e razões mas honestamente isto... cansa-me. Eu até entendo que se procure uma causa e até percebo que haja uma relação entre causa-cura (ou seja, descobre-se a causa para se tentar descobrir a cura) mas incutir culpas a ABCDEFG e, com isso, influir uma culpabilidade absurda na cabeça dos pais deveria ser considerado criminoso. Até ao momento, ainda não li nenhum pseudo estudo que se preocupasse em realmente tentar chegar a uma causa sem culpabilizar ninguém.
Em resposta a estudos anteriores:
- tomei ácido fólico tarde, ás 7 semanas - quando descobri a gravidez
- não tomei ácido fólico a gravidez toda -parei às 20 semanas por indicação médica
- não há antecedentes genéticos marcados por a+b+c+d
- não sou prima do meu marido
- sou alta para o tipo de altura média da população portuguesa
- sou magra - magra!!!! - e nunca fui obesa nem estive jamais acima do peso
- não tomei antidepressivos nos anos anteriores, durante e posteriores à gravidez
- os meus níveis de vitaminas estiveram sempre ok e não sou fumadora - nunca fui
- vivo numa das zonas mais puras do país e não estou exposta a fatores de poluição ambiental
- o marido não é obeso nem magro demais nem tem diabetes nem hipertensão
- a velha temática - vacinas não causam autismo. E não levei nenhuma nem antes nem durante e só muito depois.
- e os laticinios também não... nem de legumes ou de frutas
Portanto, a menos que se descubra que a causa do autismo é mandar uma bem mandada, numa posição 3 para as 4 OU algo relacionado com sexo (já se sabe que o sexo é o pai de todos os males) OU voltamos ao mesmo, sexo (e aí, causa autismo, corrupção, quedas de governos, epilepsia, olhos azuis e até poluição marítima) lamento mas, para mim e para já, é tudo um monte de tretas. Poupem-me.
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