Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Viste como paraste?
Teve de ser, infelizmente à força, depois de tantos avisos por parte do marido e da minha mãe e do meu corpo. Avisos que eu ouvi e compreendi mas preferi - não digo ignorar - mas aguentar mais um bocadinho - afinal já falta tão pouco para os feriados e para a pausa letiva. Aguentar só mais um pouquinho o mau feitio e nunca baixar a guarda porque se baixar a guarda, haverá intrusos e eu quero e preciso de ter as coisas controladas. Sim, sou uma control freak no que toca à minha família, ao que eu construí, ao que preciso de ter para as piolhas terem os mesmos direitos que os demais. Aguentar só mais um bocadinho os horários marados porque está quase a terminar. Aguentar só mais um bocadinho porque aqueles materiais estão quase prontos. Aguentar só mais umas horas de sono.
Mas é tempo de parar. E de respirar sem medo. Sem medo que doa, sem medo de suspirar (porque um mero suspiro arranca-me esgares de dor e não ares de apaixonada).
Não quero voltar a ouvir das piolhas "mãe, eu não quero que morras" (e, ironicamente, morrer um bocadinho por dentro ao ouvir isto). Enough is enough. Quero ter aprendido a minha lição.
Não ganhei uma capa mas ganhei um americano que vai andar literalmente colado a mim durante 24h. Disseram-me que se chamava Holter e que vai levar o meu coração muito a sério. Não sei se o marido achará piada a tamanha proximidade. As piolhas já acharam estranho o "no boundaries" quando se fala tanto disso cá em casa. Desde que cuide bem do meu tiquiticoeur já seremos os melhores amigos. O Holter e os homónimos que descobriram marcadores específicos a analisar pelo sangue.
Já comecei a meter em marcha o que resolvi fazer quando estava na maca na ambulância. Pouco a pouco, a coisa vai. E vai a bem. Porque a mal não gosto. Nem sequer deu tempo de pedir anestesia. Ora assim, não pode ser. Não estava preparada.
-------------- Estamos também no Facebook --------------------