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Tentei não me entusiasmar muito antes da data marcada para não ter expectativas muito altas e, depois, acontecer algum imprevisto e não irmos para lado nenhum. A ideia era participar num encontro de proprietários Volvo no âmbito da Volvo Ocean Race, passar a noite num hotel perto de Lisboa e conhecer Belém e aproveitar o 1º domingo do mês para visitar alguns museus sem pagar. Correu tudo muito bem, conseguimos finalmente concretizar um desejo que já aqui andava há muito tempo, acabámos por fazer isso tudo e ainda apresentar Sintra às piolhas.
Marcou-se um encontro da Volvo, associado à Volvo Ocean Race. As condições para nos inscrevermos e participarmos eram apenas ser proprietário de um veículo (não importa qual, pois, no encontro até um camião apareceu) da marca Volvo. Os únicos custos envolvidos foram mesmo em combustível e refeições.
Por partes: a Volvo Ocean Race consiste no seguinte: É uma regata em vela, que parte a 22 de outubro de 2017 em Alicante, Espanha, durará oito meses e será a mais longa de sempre, com 11 etapas nos cinco continentes. Este percurso, que terá passagem em Lisboa, é o mais longo e exigente da história das 43 edições da competição. A primeira etapa de mar ligará a cidade espanhola a Lisboa, a 22 de outubro, num total de 1.300 quilómetros. Lisboa terá direito igualmente a uma regata costeira, a 28 de outubro, para, a 05 de novembro, os barcos largarem de Lisboa rumo à África do Sul, sendo que a 08 de dezembro haverá nova exibição em frente à Cidade do Cabo. Mais informações em http://www.volvooceanrace.com/en/home.html
Para nós, participantes do encontro, houve a oferta de test-drives de várias viaturas (desde jipes a híbridos), visita guiada ao armazém/estaleiro de construção dos barcos e passeio no Tejo num speedboat (também fabricado pela Volvo).
Escusado será dizer que, uma vez lá, aproveitámos para fazer o gosto ao dedo. Eu conduzi um jipe com mudanças automáticas pela Doca de Pedroços (deus ma livre ter de sair dali e enfiar-me naquelas ruas, desculpem, mas aquele trânsito assusta-me). O marido conduziu um híbrido de 2 motores, versão break: elétrico e combustível. As mudanças automáticas não me apaixonaram (gosto muito de controlar a condução do carro) e o silêncio dos motores do híbrido intrigaram o marido (habituado a motores que roncam). Mas foi bom conduzir carros novos pelo menos uma vez na vida eheheheheh As piolhas andaram sempre connosco e davam a sua opinião sobre tudo, obviamente. Continuam a preferir os nossos carros velhinhos embora tenham gostado da break.
O recinto tinha rolotes para que pudéssemos petiscar e tomar um café sem necessidade de sairmos da Doca e as casas de banho eram nos armazéns.
Passeámos imenso por aquela área, desde a zona de rebentação do Tejo, ali mesmo na foz, até ao final do passadiço, cheio de gaivotas. Ainda deu para darmos um pulinho a pé à Torre de Belém, depois de almoço, para dar um pequeno vislumbre daquele local lindíssimo e cheio de turistas nacionais e estrangeiros às piolhas. Explicámos-lhes também sucintamente em que consiste o Museu do Combatente e o Monumento erigido. Deu para perceber que elas quase que sentiam o peso de tantos nomes naquelas paredes…
De regresso à Doca, apanhámos a visita guiada aos barcos e ao estaleiro. É incrível ver como funciona um verdadeiro trabalho de equipa onde todos metem as mãos na massa, desde o diretor neozelandês ao engenheiro português. Os barcos são praticamente feitos à mão e todos colaboram para um mesmo fim.
Terminada a visita, hora de passeio. E posso garantir que, apesar de ter sido fantástico, não é uma experiência que volte a repetir. De coletes colocados, com as crianças nos bancos em frente aos adultos, lá fomos, com duas piolhas cheias de entusiasmo, a falar e a falar e a falar e a falar. Mal saímos da zona do porto, começam a aceleração (que afinal “só” foi até a um máximo de 60km/h) e as acrobacias. O-h m-e-u d-e-u-s…… eu só fincava os pés no chão do barco, agarrava-me ao banco e segurava uma das piolhas, repetia incessantemente “segura-te, agarra-te” enquanto ela gritava histericamente de felicidade, repetia “É brutal!” e estava mesmo com a adrenalina no máximo. O marido tinha as alças do colete da outra piolha bem presas numa mão enquanto fincava os pés no chão do barco e tentava filmar alguma coisa. E lá íamos dizendo à piolha mais incomodada “está tudo bem” ao que ela respondia “não, está não!” mas nem pensar em levantar o braço para mandar parar o barco. E eu só temia que uma delas vomitasse em jato e era uma vergonha pegada. Mas não. Elas estavam mesmo a aproveitar aqueles 20 minutos ao máximo - apesar dos saltos, das ondas, das rotundas doidas em água, de mais saltos, de guinadas para a direta e para a esquerda.
Fomos da Doca de Pedroços até aos pilares da Ponte 25 de Abril e Crsito Rei, sempre no Tejo (que depois de levarmos com uma onda na cara, descobrimos ser salgado).
Foi porreiro mas confesso que desperta todos os meus sinais de alerta e de atenção. Mas depois vem a parte racional que nos diz que há crianças a bordo e os condutores fazem aquilo na boa, a velocidades bem maiores e não são amadaores.
Foram experiências incríveis e que, certamente, se transformarão em memórias fantásticas. Elas gostaram imenso e nós também. É o que verdadeiramente importa.
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