Estamos na época dos Pais Natal e dos elfos e das renas.
As piolhas nunca acharam piadinha nenhuma ao Pai Natal embora adorassem a ideia romantizada do Pai Natal a quem se escreve perguntando como está e pede prendas bem como segui-lo no dia 24 de dezembro pelo Google Track. A figura humana e real do Pai Natal assustava-as tremendamente e nunca quiseram estar por perto de uma. Nós nunca nos opusemos a isso e nunca forçámos, claro (além de que, aqui para nós - e não me batam, se faz favor -, a ideia de confiar as minhas filhas ao colo de um desconhecido, nunca me agradou assim tanto...).
Com o passar dos anos, a imagem humana do Pai Natal deixou de provocar medo e choro. Quando algum acena, elas escondem-se atrás de nós e acham aquilo estranhíssimo "por que está a meter-se connosco?". Esta semana, num centro comercial, um acenou-lhes e elas tiveram uma reação à adolescente: sobrancelha levantada e ar estupefacto do género "mas ele não vê que já somos demasiado crescidas?".
Hoje recebemos uma mensagem a informar da chegada do Pai Natal aos Paços do Concelho e a convidar para assistir e ir à animação nas várias ruas, mas, além de estar assoberbada de trabalho e não conseguir sair, elas avisaram logo que não queriam ir. E ainda bem. Vi algumas fotos e tinham cabeçudos, algo que também sempre lhes provocou muita confusão e algum pavor...
Para elas, o Pai Natal faz parte de um imaginário mágico, de um mundo de fantasia que não deve ser posto no real porque esse real assusta-as. E eu não me importo nada. Vamos deixar o Pai Natal nesse plano imaginário, mágico, irreal, fantástico. Aí ele consegue fazê-las felizes.
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