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Cérebro de mãe = plasticina variada com cenas estranhas agarradas e a secar.
Mãe vai à farmácia e pede duas marcas diferentes de anti-histamínicos (uma para o pai, outra para as filhas). E segue-se todo um enredo à CSI ou à Criminal Minds, não esteja eu a pedir ali umas dosesitas de exctasy ou uma merdice qualquer sintética de rua, porque falta a receita - aquele papel (ou mensagem divina) que desbloqueia o acesso à levocetirizina e à desloratadina para as quais nunca me foi exigido nada a não ser o devido valor monetário . A coisa resolveu-se ao verificar o meu histórico (ah pois é, também há disto ó Evaristo naqueles locais) e lá trouxe os ditos com a promessa de levar a receita para a próxima. Certo.
Segue-se o ibuprofeno. Se fosse de meia dúzia de centenas era preciso o papel (qual papel? O papel. Mas qual papel? O papel! - Pronto, vá, o SMS) mas como são menos duas centenas, é tranquilo. Por aqui se vê, que à dúzia não é mais barato.
E mais três testes, não de gravidez, que essa fase e anseio já passaram há muito, mas os que detetam covid. Tudo na boa. Muito simples, até.
E, ponto, inspira, expira e não pira e está feito. Mãe vai ao carro colocar tudo e apercebe-se que não aviou o papel (qual papel? O papel, esse papel) que desbloqueia a paroxetina. Ah, mas desta vez eu tinha um papel!!! Foi rápido: papel, paroxetina, conta certa, recibo.
Mãe trata de todos e esquece-se de si. Mãe não pode ser distraída com questiúnculas burocráticas senão o cérebro de mãe seca ali mais uns quantos neurónios. Mãe precisa de ferias. E de menos papéis. A menos que sejam aqueles emitidos pela Casa da Moeda. Desses aceito.
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