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É seguro dizer que encontrei a minha tribo. Aquele grupo de mulheres maravilha que me permite ser eu mesma, que me permite ser atípica, que me permite ser mãe atípica e que me dá espaço quando não quero (ou não consigo socializar).
Durante toda a primeira infância das piolhas não tive saídas ou vida social - porra, pá, não tive "amigas" (só podia contar, com duas ou três pessoas e a distância não ajudava. A minha adorada L. fez tanto por mim... já não amigas assim). Era impossível sair para um simples jantar e custava-me muito pedir aos avós que ficassem com elas quando eu sabia o quão cansativas e exigentes elas eram e o quão mal (e pouco) dormiam. Um dia, mais crescidas, a minha lourinha favorita, como carinhosamente lhe chamo, convidou-me para um jantar e foi como se renascesse. A minha melhor amiga emigrara e, apesar de o marido ser sem dúvida o meu melhor amigo, há coisas que só se discutem com gajas. São a minha tribo, sem dúvida, mesmo quando eu não quero uma tribo.
Uma das coisas que mais ânimo me dá é poder ter uns minutinhos e tomar um café com elas antes de ir para as aulas. Não sei colocar por palavras o quão importantes são e o quanto gosto delas, por estes pequenos momentos que me dão porque, para mim, sabem a muito e são grandes. E posso ser eu mesma, com todas as minhas características estranhas e mau feitio e sempre a acelerar que elas não me julgam, nem me criticam, nem se importam. E isso vale ouro. Já me viram rir até às lágrimas e também já me enxugaram lágrimas. E também já as fiz chorar comigo (desculpas à minha professora de matemática favorita - que é mesmo, senão eu nunca diria isto).
Sei, no meio desta melice toda, que sou afortunada por ter bons corações ao meu redor. Obrigada.
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