Foi complicado engrenar no enredo da história que depois começou a ficar cada vez mais interessante até ao ponto em que, depois de uma reviravolta, nos apercebemos do desfecho e perde, de novo a atenção.
É uma narrativa a 3: Rachel, sem dúvida a personagem principal; Anna, a outra, a amante; Megan: a "Jess" idealizada por Rachel quando a via do comboio em que viajava todas as manhãs e finais de dia.
Rachel é alcoólica e tem graves problemas de autoestima, confiança e até memória, que, percebemos porquê ao longo da trama. Ela é uma verdadeira "commuter": vai e vem de comboio para o trabalho, imagina cenários com o que vai vendo da janela, cria personagens na sua mente... e, um dia, quando Megan desaparece, deixa que a sua imaginação leve a melhor sobre si... Mas, será imaginação, efeitos de um cérebro alcoolizado, lapsos de memória ou algo mais? Por que se dá a ela a tanto trabalho, a tantas viagens, a tantas mentiras?
Não parece mas acaba por ser um livro com o seu quê de suspense e de investigação criminal feita por um civil.
Lê-se bem mas não me apaixona a ponto de o reler ou de o recomendar a quem tiver outras opções. Serve para satisfazer a curiosidade em torno da publicidade e do filme.