Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Aceitámos o convite e fomos até Aveiro. Havia o desejo de conhecer alguns cantinhos daquela cidade - no que levar as piolhas connosco nos permitisse -, a começar pelo Museu de Aveiro.
O Museu de Aveiro fica numa zona bastante central e de fácil acesso. Não fosse o estacionamento pago do Fórum (shame on you! Em Coimbra, todos os estacionamentos de shoppings são gratuitos!) e até em estacionamento era uma beleza! Não há qualquer dificuldade en dar com o Museu que fica bastante perto da Sé e do Parque D. Pedro V.
Por partes: o Museu de Aveiro é um museu de História e Arte, instituído no antigo Convento de Jesus, da Ordem Dominicana feminina. A área monumental evidencia o traçado conventual que remonta ao séc. XV, designadamente da Igreja de Jesus e do claustro, concluídos no séc. XVI, o estilo Barroco do coro baixo, com o túmulo da Princesa Santa Joana (1693-1711), do coro alto e de diversas capelas devocionais, dos sécs. XVII e XVIII, e a fachada “apalaçada”, fisionomia do museu, do séc. XVIII.
A exposição permanente apresenta obras de Pintura, Escultura, Talha, Azulejo, Ourivesaria e Têxteis, dos sécs. XIV-XV ao séc. XIX, provenientes de conventos extintos de Aveiro e de outras regiões do país. Da colecção do Livro Antigo e dos Manuscritos, documentos da fundação do convento e da vida da Princesa Santa Joana (m. 1490), filha de D. Afonso V, figura incontornável na história do Convento.
Gostei bastante de ver as talhas douradas e algumas peças. Não tenho boas fotografias porque isso implicava usar flash - o que é proibido e para o qual fui chamada à atenção 3 vezes... -, mas sempre que a máquina tinha onde buscar luz e sem recorrer a tripé, lá arranjei algumas imagens bem bonitas.
Coloquei o meu telemóvel nas mãos das piolhas e elas fizeram a sua própria cobertura fotográfica. E até se safaram muito bem! Têm fotografias muito castiças entre (imensas!) mal tiradas.
Utensílios de farmácia, em exposição logo à entrada do museu, perto da bilheteira (foto das piolhas)
Claustro do Museu (antigo convento) e escultura da exposição temporária (duas últimas imagens, autoria das piolhas)
Pormenor lindíssimo do teto de uma das capelas do Museu. Adoro aquelas estrelas.
Estas colunas e quadros estavam numa das alas com outras esculturas de cariz religioso e relicários. Adorei a conjugação.
Depois do almoço, em jeito de picnic, fomos dar um passeio ao Jardim D. Pedro V. Apesar de estar em recuperação, valeu a pena pois é muito bonito e agradável. Fica na zona ajardinada da Baixa de Santo António, densamente arborizada, com variadas fauna e flora, e ainda um lago de razoáveis dimensões. No seu interior destaca-se o coreto em ferro forjado do início do século, e o Museu de Caça e Pesca (que estava fechado e não visitámos).
Coreto que mostra a arquitetura do ferro forjado, do início do século XX
Depois de dar uma volta ao lago, fomos até outras bandas, à beira da Ria.
O Centro Cultural e de Congressos é parte de um edifício emblemático da arquitectura industrial Aveirense.
Fábrica Jerónimo Pereira de Campos é a antiga designação deste edifício, que acentua o carácter, junto com outras marcas da indústria da cerâmica na região.
Fartámo-nos de rir com os dizeres destes moliceiros. Delicioso.
Havia passeios nestes barcos, tão típicos de Aveiro, mas não arriscámos.
Estação de Aveiro. Adoro de paixão aqueles azulejos. A nossa estação de comboios também tem uns lindíssimos mas longe dos nossos olhos, de momento, por razões políticas.
A Estação de Aveiro é uma das mais bonitas estações do país. Actualmente, o edifício antigo (talvez venha a tornar-se num edifício museu) fica ao lado de uma moderna estação ferroviária. Os painéis de azulejo presentes em todo o edifício recebem e despedem-se em tons de azul e branco de quem chega ou deixa Aveiro. Os painéis, que têm vindo a ser recuperados ao longo dos anos, contam histórias de Aveiro e das suas gentes, das suas profissões, da sua história e da sua paisagem. A estação de Aveiro faz parte da Linha do Norte da CP e nela começa a Linha do Vouga.
E, por toda Aveiro, se viam peças deste género - de que eu gostei bastante! - e que acho muito originais. Não deu para fotografar todas mas fica a ideia.
E não viemos embora sem comer os divinais ovos moles!
Para terminar o rol de fotos, ficam os "apanhados" das piolhas à mãe e vice-versa!
Balanço: foi uma saída na companhia da avó e da tia qque até correu muito bem. Tirando um ou outro stress no museu (insistir em mexer, muitos saltos e correrias, mas nada que uma boa palmada não tenha resolvido), as piolhas caminharam tanto tanto tanto a pé que até me admiro não terem melgado mais com as queixinhas do costume "eu quero o carro", "doem os joelhos", "mais pé não!". Estão mesmo numa fase em que conseguem usufruir do que vivenciamos, conseguem contextualizar com as devidas relações o que lhes é explicado com o que veem/sentem/ouvem/cheiram, acho que já conseguem perceber o objetivo de um passeio para fora da sua localidade.
Neste momento, as piolhas estão como qualquer menina que faz as delícias da mãe: companheiras.