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Não tenho memória de um ano letivo tão exigente e exaustivo como este. Talvez pelas acumulações, talvez pelo trabalho, talvez pelo excesso de burocracia.
São avaliações, rubricas, provas de equivalência à frequência, provas extraordinárias de avaliação, critérios de correção e critérios de classificação, informações-prova, provas orais, cotações. E repete a preparação das provas não uma, não duas, mas três ou quatro vezes porque as coisas não batem certo logo à primeira e há toda uma formatação excessivamente formal para manter.
São grupos de trabalho, aplicações, vigilâncias, correções, impressões, autoavaliações, grelhas, plataformas.
São festas e ensaios e poemas e desenhos e palcos e público.
São horas de downloads no IAVE para impressão de provas de treino para as piolhas e áudios e correção. E vai mais uma voltinha que, apesar de as provas não contarem para nada, sei lá eu o que o futuro nos reserva e se elas quererão fazer exames nacionais no secundário.
São conteúdos para terminar e é aquele velho malhar em ferro frio: eu já não aguento, os miúdos, então, estão de todo. Só me apetece fugir. Aulas? Rua. Todos, eu e eles. Jogos.
Almoços, jantares, lanches, café. E há almoço no frigorífico, liguem se tiverem alguma dúvida, está aqui uma lista de tarefas para fazer. Ficam sozinhas em casa mas já sabem as regras todas, em última instância, peçam ajuda aos vizinhos ou lojas ali da frente porque toda a gente vos conhece. Vão dando notícias durante o dia. E, no final das aulas, 45 km = 40 minutos.
E viroses. Puta que pariu. Eu já estou tão cansada... E ranhos e vómitos e bílis e alergias e viroses e dores de garganta e um calor que parece que estamos todos na menopausa e febre, a puta da febre, que não deixa ninguém dormir.
Estou exausta. É isto quando chego a casa. Preciso mesmo de parar um bocado, fechar os olhos, descansar a cabeça antes de me atirar ao trabalho, aquele que não se faz na escola, que não se vê, não se valoriza, ninguém conhece (a menos que seja prof) e não é, de todo, pago.
Tenho tentado acompanhar o ritmo e até pus aquele artigo para poder fazer tudo o que estava em atraso.
A coisa vai, só preciso de descansar um bocadinho.
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