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"Toda a arte é completamente inútil" (Oscar Wilde) não era certamente o que Dorian Gray tinha em mente ao posar para Hallway naquele que viria a ser o retrato mais intrigante, belo, apaixonante e quase mágico da sua vida. Num acesso, desejou ardentemente que nunca ele envelhecesse e pudesse ser a tela, o seu retrato a fazê-lo... E, sem cuidado pelo que se desejara porque poderia vir a tornar-se realidade, Dorian Gray ficou a conhecer-se até à medula através do quadro que tanto o cativava quanto o desejava oculto de outros, escondido no seu sótão.
Dorian Gray evolui, cresce, deixa de ser aquele modelo tímido, quase virginal para se revelar um ser humano terrível, sádico, incumpridor das regras e da moral do final do século XIX. Ficamos na dúvida em relação à sua própria sexualidade, embora não haja nada escrito explicitamente.
Dorian Gray não se separará do seu retrato. E este revelar-lhe-à quem verdadeiramente é, mesmo no final.
Gostei da obra, lê-se avidamente e transporta-nos para um filme de alguns anos, "Liga de Cavalheiros Extraordinários", imagem de um Dorian Gray que mantive ao longo da minha leitura, mesmo já sabendo o seu desfecho. A ler, pelo menos, uma vez na vida.
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