Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Não há perfeição na maternidade. E não há nada de errado nisso.

Como tal, nenhuma mãe ou pai é perfeito. E não há nada de errado nisso.

Quando nasce um filho, nasce uma mãe ou um pai. E, por muita experiência que tenhamos com bebés ou crianças, estamos a aprender tudo de novo, a viver tudo como se fosse a primeira vez – e, em alguns casos, é mesmo a primeira vez.

Não há uma receita milagrosa, um livro de instruções, uma indicação universal em como lidar com aquele(s) ser(es) minúsculo(s) que acaba(m) de entrar nas nossas vidas. E depois começam, quase no mesmo instante do parto, as pressões sociais e até familiares de perfeição, as comparações entre membros da família ou conhecidos, as opiniões e palpites.

E a culpa.

Ai a culpa, esse sentimento tão incapacitante quanto tenebroso. Tudo é culpa dos pais, em especial da mãe, claro. O parto foi de cesariana? A culpa é da mãe. Não tem leite? A culpa é da mãe. A criança tem soluços? A culpa é da mãe. A criança não dorme? A culpa é da mãe. A criança tem um problema de saúde? A culpa é da mãe. Não esqueçamos a velha causa de autismo nos anos 50 em que as culpadas eram as mães por serem frígidas no seu amor aos filhos e daí o termo “mães-frigorífico”, que, pasme-se, alguns ainda hoje usam, volvidas tantas décadas de estudos e análises.

A culpa é-nos intrínseca, é-nos ensinada desde logo cedinho, “culpa” da nossa tradição hereditária judaico-cristã. Temos sempre de nos sentir culpados de algo ou não estaremos a desempenhar corretamente o nosso papel. Em especial, se formos mães ou pais.

Se a culpa é grande em pais típicos, ela torna-se avassaladora em pais atípicos.

Porque há a hereditariedade, porque há a genética, porque aconteceu isto ou aquilo na gravidez ou no parto, porque porque porque…

Não há perfeição na maternidade.

Não tem de haver culpas.

Surgiu. E dói. Mas, agora vamos avaliar a situação e saber do que se precisa para lidar com isso, desde apoios, a tratamentos, a medicação, a avaliações, a técnicos, a médicos, a abordagens terapêuticas. A culpa não pode ter lugar nesta enumeração de trabalho a fazer porque desgasta, deprime, desmoraliza, não traz benefícios. Não é negligência.

Só acentua uma dor que já magoa demais.

Ser mãe ou pai é difícil, caramba, é mesmo muito difícil. Podia ser mais intuitivo, mais “user-friendly”, mais simples! Mas não é. Mas também não há nada de errado nisso. Quero acreditar que todos damos o nosso melhor para fazer um excelente trabalho no nosso papel de pais e educadores. A culpa só vem atrapalhar e não traz nada de novo a esta equação tão complexa.

 

in https://uptokids.pt/nao-ha-perfeicao-na-maternidade/?fbclid=IwAR2Li-Qt-l7v8FQ3S2kYbKpws7fG_PdVVa5xbhZrY996CClmL38dIco9juA 

 

 

-------------- Estamos também no Facebook e no Instagram ------------

publicado às 12:26

Direitos Reservados

Algumas das fotos publicadas neste blog são retiradas da Internet, tendo assim os seus Direitos Reservados. Se o autor de alguma delas discordar da sua publicação, por favor informe que de imediato será retirada. Obrigada. Os artigos, notícias e eventos divulgados neste blog tem carácter meramente informativo. Não existe qualquer pretensão da parte deste blog de fornecer aconselhamento ou orientação médica, diagnóstico ou indicar tratamentos ou metodologias preferenciais.



Mais sobre mim

foto do autor







Parceiros


Visitas


Copyright

É proibida a reprodução parcial/total de textos deste blog, sem a indicação expressa da autoria e proveniência. Todas as imagens aqui visualizadas são retiradas da internet, com a excepção das identificadas www.t2para4.com/t2para4. Do mesmo modo, este blog faz por respeitar os direitos de autor, mas em caso de violação dos mesmos agradeço ser notificada.

Translate this page


Mensagens