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Este final de semana, o meu feed pessoal, no facebook, era só fotos sobre o dia do diploma ou coisas do género - os nomes variam de escola para escola. 
Sob risco de ganhar novos amigos, aqui vai o que eu penso: eu sou totalmente contra. Aliás, se eu fosse parte de uma direção de alguma escola, a minha escola não teria dia do diploma. Sou a favor de promover uma competitividade saudável entre os alunos, de querer que eles se ultrapassem a si mesmos, de fazê-los ver que podem ir sempre mais além - mesmo quando o mundo lhes diz que não. 


Mas sabem o que eu realmente vejo?

Vejo uma competição feroz por notas que não contam para nada, a não ser passar de ano (desculpem, mas é verdade, até ao secundário, as notas não contam para média, nem para percurso académico que influencie escolhas no secundário). Um exemplo concreto que eu vivi - ninguém me contou: já tive várias alunas que ficaram completamente deprimidas e chocadas porque tiveram... 98% (sim, noventa e oito porcento) num teste. Foi 98% e não 100%, logo, a média dos testes que é somada para o raio da atribuição dos diplomas de sei lá o quê, ia ficar estragada. Serei eu a única a não achar isto normal??? Estamos a falar do ensino básico, pelo amor de Deus!


Além disso, e agora vem aquela questão: alunas como as piolhas poderão alguma vez estar no quadro de honra ou de mérito e receber um diploma? Não acredito que a "inclusão" vá tão longe. Porque depois vêm as questões de como é feita a avaliação, em que moldes, se tem adaptação ou não, blá blá blá.


Não leiam coisas que não estão cá e nem interpretem à Bocage: em lado nenhum eu digo que quero que as piolhas passem por esta pressão (absurda, já agora) ou que sinto algum tipo de inveja. Eu não concordo com isto e jamais sujeitaria as piolhas a esta pressão de ter boas notas só para ganhar um diploma bonito. Quero que sejam felizes na escola, que aprendam com naturalidade e gostem de estudar; não quero que se sintam frustradas porque um 98% não é um 100%. 


Eu sou a favor de premiar os valores, as atitudes, os comportamentos; não concordo com o premiar de notas e fazer disso uma gala. Não estamos a falar do ensino secundário onde a noção de responsabilidade e de mérito fazem perfeito sentido e são absolutamente necessárias para se poder ingressar num ensino superior. Falar disto no ensino básico e ouvir alunos a falar que um 98% num teste lhes estragou uma média (quando, no final do período até vai ter 5 na pauta), é ridículo e de uma pressão exagerada. 


(sejamos práticos: na vida real, não é a pauta das notas que um banco pedirá para que possamos comprar uma casa ou um carro... Estudar de forma saudável sim, exagerar até cair em frustração e depressão, nunca fez bem a ninguém...)

 

 

 

 

 

 

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publicado às 14:22

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41 comentários

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De t2para4 a 05.11.2018 às 17:39

Entendo isso perfeitamente.  VIvemos isso este ano aquando das provas de aferição que para nada contam a não ser para dar trabalho e dores de cabeça. A pressão em cima das piolhas foi tal que eu fui dar com uma na casa de banho a baloiçar-se (ela é autista e nunca se baloiçou!!!!!!) enquanto atava os sapatos e repeta incessantemente "é só uma ficha". Fiquei cega. Ameacei que não as levava à escola. Isto é indecente, não se faz isto aos miúdos. Não é assim que a escola tem de ser, a escola é tão mais do que fichas e resultados. Tem de ser mais que isso.
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De Creme Pimenta a 05.11.2018 às 18:33

Aiii as provas "de aflição" como brincava a professora da altura (1.º e 2.º ano, agora no 3.º e 4.º tem outra)...
Valeu-nos que a professora desvalorizava as provas, preparou os miúdos mas sem pressões e correu minimamente bem. Mas chega a ser anedótico andarem à pressão a pôr os miúdos a treinar coisas que nunca fazem durante o ano. 
A escola devia ser o lugar onde dá vontade de aprender coisas novas. Claro que se tem de medir as aprendizagens, mas há tantas outras formas de o fazer! 
Gosto de brincar com a minha filha mais velha sobre aplicações práticas de coisas que ela aprende, nem sempre é fácil, para mim o calcanhar de Aquiles é a matemática...sou das letras...mas às vezes lá encontro exemplos e noto que o interesse dela muda.

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