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"Uma coisa amorosa do Natal é que é obrigatório, como uma tempestade, e passamos por isso juntos:"
(Garrison Keillor)
Como não podia deixar de ser, eis o nosso postal de Natal de oficial para 2019.
Não precisamos de dizer nada pois está lá tudo: a luz, os sentimentos, a cor, a união.
É o nosso desejo para todos.
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A 10 de dezembro celebrou-se o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Uns meses antes, a nossa terapeuta ocupacional enviou-nos um link com a informação de que a ONU estava a promover um concurso de desenho para crianças sobre os direitos humanos. Talvez as piolhas quisessem participar. Achei uma excelente ideia. Uma das piolhas não quis participar mas a outra demonstrou um enorme interesse até porque, a pedido da mesma terapeuta, já tinha feito um desenho alusivo ao que, para ela, é a inclusão em contexto escolar. Avisei-a de que, a par com ela, participariam milhares de crianças e que as suas hipóteses de ganhar alguma coisa ou de o desenho ser selecionado seriam mínimas mas que, ainda assim, a participação neste concurso seria uma experiência diferente. Depois de retocar o desenho, legendou com o artigo 1.º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
O desenho não está completo e está longe de representar tudo o que desejaríamos mas dá para perceber que ela tentou abordar a questão da neurodiversidade, da deficiência bem como até da cor de pele. Para ela – e para mim – o facto de haver meninos e meninas neste grupo que se dirige para a biblioteca escolar, mostra bem o ambiente escolar que deveríamos todos ter bem como o que deveria ser inclusão. Nada forçado, nada regulamentado por toneladas de papel, nada de cruzes em grelhas de avaliação, nada de adultos a impor ou a influenciar o que quer que seja… apenas, um grupo de meninos e meninas, numa escola, a caminho da biblioteca escolar, sem que as suas diferenças importem ou tenham peso na relação que têm entre si.
O desenho da piolha não foi selecionado, talvez por erro meu na altura da participação, talvez por não preencher os requisitos pedidos pela organização. Mas, para nós, já ganhou noutros campos.
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Para quem não nos conhece, eis-nos, na versão desenhada por uma das piolhas, para o trabalho de casa de Inglês.
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É verdade que os desenhos das piolhas me habituaram mal e subiram as expectativas em relação a desenhos de outras crianças a um nível indizível mas, ainda assim, apesar da minha habituação, ainda conseguem deslumbrar-me...
Eu acho que alguém está a tentar passar uma mensagem eheheheeh
Todos os detalhes, todos os possíveis cenários, está incrível. Artistas cá do t2...
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Já não temos paredes disponíveis para mais pinturas... Nem sequer na garagem (aqui)! Mas hoje queriamos pintar juntas, num espaço grande sem preocupações com as tintas e as gotas que salpicam e sujam.
Voltámos à garagem mas desta vez com uma grande tira de papel pardo (que me sobrou de uma grande atividade de há uns meses) e sobras de tintas. Muitas delas ansiavam pelo seu fim pois já estavam com os pigmentos a estragar...
E foi muito giro. Fizemos desenhos, inventámos personagens novas, criámos espaços, misturámos cores, fizemos uma grande sujeira e utilizámos outros materiais para dar cor àquela tira de papel.
Porque pintar é divertido, atua como regulador, estimula a criatividade e a imaginação!
Porque gostamos de pintar e inventar!
Porque é fixe e é umas das atividades de verão mais fantásticas a fazer já que, logo a seguir, temos uma banheira à nossa espera para limpar as nossas marcas de guerra!
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No Paint.
Sem ajuda ou suportes extra ou de fundo.
Com o rato e sem tapete de rato.
E muita muita muita imaginação e criatividade.
Estou absolutamente deliciada, maravilhada, espantada, abismada, não há adjetivos que mostrem o quão fantástico está este desenho ao qual não falta nada: a posição de cada equestria de acordo com a sua personalidade, as sombras, os acessórios, as cores dos cabelos/roupas/pele.
Boa, piolhas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(Aqui para nós, eu sabia que viria aí um pulo de desenvolvimento! Eu sabia!!!!)
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Há uns meses atrás, não resisti e comprei um microscópio da Science4you na Fnac. O meu entusiasmo inicial e impulsivo não estava a conjugar-se com a maturidade das piolhas para tal coisa, portanto, foi ficando na caixa. Até hoje.
Hoje está um dia perfeito para chocolate quente e marshmallows, TV até queimar os neurónios, pijama de manhã à noite. Olhei para a estante e decidi que era hoje que iríamos experimentar o microscópio.
Então, eu - gaja de letras - lá tentei meter a máquina em posição e ver como se analisaria uma asa de mosca (oferta incluída no pacote de análise, por assim dizer). As piolhas foram ver o livrinho e maravilharam-se com as restantes ofertas da Science4you, como a fábrica de sabonetes e de perfumes (pindéricas!), queriam lá saber da asa da mosca (blharc). A custo, lá conseguimos todas ver a asa e admirar os seus contornos, que, afinal, até é bem giro.
A certa altura, o pai teve que intervir, pois, como gajo experimentado nestas cenas dos microscópios e análises (cenas do seu curso de Química), lá descobriu que nós - nabas - não estávamos a usar a luz corretamente. Depois de tudo em ordem, lá revimos a asa - uau!!!! - e decidimos ver um fio de cabelo ainda com o respetivo folículo. É fantástico. As piolhas lá descreveram o que viram, tentaram fazer um desenho e eu consegui uma foto.
Apesar de ter sido uma experiencia interessante, ainda não denoto grande entusiasmo por parte das piolhas, por isso, o microscópio voltou à caixa e aguardará por uma melhor altura, talvez, férias da Páscoa, onde teremos mais tempo e mais materiais para analisar e desenhar. Temos que esperar um pouco por alguma maturidade, mesmo com brincadeira à mistura.
Como já vem sendo hábito, todos os anos,desde que as piolhas nasceram que fazemos os nossos postais de boas festas (exemplos aqui e aqui). Ainda que quem os receba, impressos ou por email, nem o note, a verdade é que há muito mais por trás dos desenhos e purpurinas.
Inicialmente, trabalhávamos a motricidade fina, a imaginação e o jogo simbólico, os diálogos do género pergunta/resposta com tempos, a atenção conjunta. As piolhas não se apercebiam que estavam a trabalhar e, convenhamos que, usar purpurinas ajudava imenso a manter o interesse na tarefa.
Este ano, a elaboração do postal coincidiu com o ataque de varicela a uma das piolhas (até a Angelina Jolie quis imitá-la) pelo que optei por utilizar outro tipo de materiais e concepção diferente.
Este ano trabalhámos a motricidade, atenção conjunta, troca de turnos à mesma mas de forma mais simplista.
Para o nosso postal precisamos de:
- sobras de cartolinas coloridas
- lápis de carvão
- cola
- cola glitter
Então , mãos à obra! Uma piolha fez e recortou a árvore de natal, a outra contornou e recortou os anjos e eu ajudei nos dizeres e uso do glitter (antes que se tornasse um abuso). Depois foi deixar secar et voilà, o nosso bonito e brilhante postal de boas festas. Está lindo na nossa lareira.
A nossa lareira no Natal fica assim, cheia! Postais, meias, presépios, músicas de Natal. Faz tudo parte!
E quem nos lê, também enviam postais de boas festas? Compram ou fazem ou tiram da net? Partilhem!