Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Atividade do ATL amanhã: levar as bicicletas ou as trotinetes para o local e andar na boa com isso, ou seja, uma manhã sobre rodas - literalmente.
Por cá, adoramos experimentar novas coisas mas com peso, conta e medida. A comida é uma área sensível e não convém abusar da sorte, já que, as piolhas comem muito bem e não têm muitos problemas com a alimentação. Mas, às vezes, gostamos de brincar. E, ao contrário do que diziam os nossos pais e avós de que "não se brinca com a comida", eu acho exatamente o oposto.
Comprei, há uns bons meses (ainda no verão), um conjunto de pauzinhos no Lidl, a bom preço. E, em casa, sem grandes mistturas de sabores estranhos, decidi fazer um prato que desse para que todos experimentássemos comer com pauzinhos. Já tínhamos experimentado caracóis e foi um sucesso (as piolhas adoraram e perceberam logo a ideia de retirar com o palito o bichinho de dentro da casca). Ora, como quer para comer caracóis quer para comer com pauzinhos, há que ter aqui algum domínio motor da mão e algum tipo de motricidade controlada, toca de inventar para treinar.
Não é nada fácil comer com pauzinhos e, ao invés de me perder no youtube, decidi improvisar: juntei os pauzinhos das piolhas com elásticos (dos de escritório) e elas desenrascaram-se lindamente. Com a prática, não fosse o elástico, e diria que estão perfeitas.
Eis como faço:
Com um elástico de escritório pequeno e unimos os dois pauzinhos em 2 voltas.
A 3ª e última volta é, na realidade, uma meia volta, pois fica entre os pauzinhos. Devemos deixar o elástico com alguma folga senão fica apertado demais e restringe os movimentos.
Et voilà!
Por defeito, os pauzinhos ficam levantados mas ajuda nos movimentos e impede que caiam, ou seja, não há o esforço adicional (e, muitas vezes frustrante) de segurar dois pauzinhos que não se unem e que quando tentamos abrir para agarrar a comida, se desfaz tudo e não seguramos nada. Como não quero que as piolhas passem a usá-los como espetos, assim está ótimo. E, com calma, retiraremos o elástico, um dia.
Como nem toda a comida é fácil de agarrar com os pauzinhos, há sempre uma colher de reserva ;)
Tentem! É muito divertido! (E trabalhamos, ao mesmo tempo, a motricidade!) ;)
---------------- Estamos também no Facebook --------------------
Não vou tentar aqui definir o que é ser mãe, para mim. É algo tão mais complexo e completo que, apesar de tudo, me leva a questionar por que não fui eu mãe mais cedo ou por que razão não temos nós a coragem e os meios para voltarmos a ser mãe e pai. É aquela velha máxima do ser possível ter o coração a viver fora do nosso corpo, amar alguém tanto que até dói...
Mas adiante. Quer seja nas aulas ou em casa com as filhotas, há sempre uma coisita que gosto de fazer e, este ano, não foi exeção. Pesquisei alguns crafts e encontrei um no Pintrest que me deixou entusiasmada mas era feito em sarapilheira e tecido (fora de questão para usar com crianças, para já). Então, adaptei. E precisei de:
- um cartolina A4 de cor suave (usei branca brilhante)
- cartolina preta
- florinhas imprimidas
- material de pintura
- cola
- tesoura
- cola de brilhantes
Contornam-se as mãos da criança na cartolina preta, recorta-se e cola-se a meio, na base da cartolina branca. Pinta-se as flores a gosto e recortam-se para colar nos dedos e na base dos recortes a preto e decora-se à vontade com os brilhantes. Mais simples é impossível e o resultado é lindo lindo!!!
Confiram!
E aqui estão as flores, prontas a imprimir:
Simples, bonito, prático, didático (treino imenso da motricidade no recorte) e criativo. As minhas "árvores" floridas já cá vivem, a par com um caderninho de receitas de capa em origami básico e um gel de banho da ternura. A minha mãe não ligava nenhuma a estas coisinhas feitas na escola mas eu adoro todos estes miminhos, por muito básicos e simples que sejam. Está lá todo o esforço e entusiasmo dos nossos filhos.
E, a minha piolha não falou: 7h da manhã e lá estava ela na minha cama "Feliz dia da mãe!"
---------------- Estamos também no Facebook --------------------
O livro de Estudo do Meio sugeria a construção de casinhas a partir de caixas de cartão e uso de pinhas para o telhado mas, como sou um pouco subsirva, decidi que faríamos algo diferente.
Do que precisámos para fazer estas casinhas:
- caixas de sapatos
- etiquetas A4 ( para imprimir)
- folhas de cartolina coloridas
- brinquedos (banquinhos, árvores, plantas, etc.)
- feltro
- cartão
- material de pintura
- missangas
- cola quente
Como fizemos:
Medimos a caixa para calcular o tamanho que as janelas e portas deveriam ter, fiz as imagens no word e imprimi na tal folha autocolante A4. As piolhas pintaram a gosto e até fizeram cortinados! Depois de tiradas as medidas à caixa, escolhidas as cores do que deveriam ser as paredes, foi aplicar os autocolantes no sítio desejado e colar as cartolinas com cola quente.
O telhado foi feito com a aba de cartão de uma caixa e colada com cola quente e pintada com tintas de dedos.
Para o jardim, cortei um pouco de feltro, escolhemos uns brinquedos que andavam espalhados pelo quarto sem uso nenhum e inventámos (para disfarçar as pequenas falhas de cola e embelezar).
O resultado final agradou-nos tanto que, orgulhosas do seu trabalho, as piolhas quiseram levá-lo na mão, com muito cuidado, para deixarem na sala de aula.
E pensar que equacionei não fazer nada daquilo! Ainda bem que mudei de ideias!
---------------- Estamos também no Facebook --------------------
Como já vem sendo hábito, todos os anos,desde que as piolhas nasceram que fazemos os nossos postais de boas festas (exemplos aqui e aqui). Ainda que quem os receba, impressos ou por email, nem o note, a verdade é que há muito mais por trás dos desenhos e purpurinas.
Inicialmente, trabalhávamos a motricidade fina, a imaginação e o jogo simbólico, os diálogos do género pergunta/resposta com tempos, a atenção conjunta. As piolhas não se apercebiam que estavam a trabalhar e, convenhamos que, usar purpurinas ajudava imenso a manter o interesse na tarefa.
Este ano, a elaboração do postal coincidiu com o ataque de varicela a uma das piolhas (até a Angelina Jolie quis imitá-la) pelo que optei por utilizar outro tipo de materiais e concepção diferente.
Este ano trabalhámos a motricidade, atenção conjunta, troca de turnos à mesma mas de forma mais simplista.
Para o nosso postal precisamos de:
- sobras de cartolinas coloridas
- lápis de carvão
- cola
- cola glitter
Então , mãos à obra! Uma piolha fez e recortou a árvore de natal, a outra contornou e recortou os anjos e eu ajudei nos dizeres e uso do glitter (antes que se tornasse um abuso). Depois foi deixar secar et voilà, o nosso bonito e brilhante postal de boas festas. Está lindo na nossa lareira.
A nossa lareira no Natal fica assim, cheia! Postais, meias, presépios, músicas de Natal. Faz tudo parte!
E quem nos lê, também enviam postais de boas festas? Compram ou fazem ou tiram da net? Partilhem!
Uma das piolhas, de há uns dias para cá, descobriu que é giríssimo escrever (à mão, no seu caderno, com lápis e borracha) histórias que inventa. Eu acho isto, pura e simplesmente, fantástico, ainda que, no final, depois das correções, tenha que interpretar o que ela quer transpor para o papel pois aquilo que pensa é mais rápido do que aquilo que escreve e sai um texto um pouco confuso.
No entanto, adoro esta nova fase, esta nova descoberta, este novo prazer que ela tem em querer escrever o que bem lhe apetece e inventar para poder usar as palavras que quer. Ontem fazia questão de usar a palavra "acidente" que tinha lido num cabeçalho de um jornal. Hoje quis usar a expressão "ir contra a árvore", vá-se lá saber porquê.
E, é assim, nunca um momento de descanso. Por trás desta nova fase, acaba por estar trabalho escondido: motricidade fina, interpretação, escrita, desenho das letras, aprendizagem, reescrever os erros da forma correta, etc.
Talvez assim, o novo ano letivo não comece de forma tão caótica como no ano anterior... E com um gosto cimentado, pode ser que as coissas corram melhor para todos...
Parafraseando o Ricardo Araújo Pereira , nas suas "Míxórdias de Temáticas".
Que ingredientes usámos para fazer umas pulseiras giríssimas, bem mais giras que as das colegas:
- uma mola da roupa
- borrachinhas (um pacote de 300 elásticos, 12 molas e um agulha de crochet em plástico custou 0,70 €)
- um vídeo no youtube (usei este mas há centenas)
- piolhas no meu colo
E lá começámos nós. Pouco a pouco, seguindo as instruções do vídeo e experimentando nós. Simples.
E o entusiasmo e a facilidade de criar pulseirinhas é tão grande que todos nós fomos contemplados. O pai ficou todo impressionado com o cuidado delas em verificar, ao longo do processo, se faltavam muitos elásticos até servir. E um treino fantástico da motricidade fina e da imaginação, pois para o pai não usaram elasticos roxos nem rosa, e não colocavam dois elásticos de cores repetidas seguidos.
E pronto, miúdas felizes que já sabem como fazer o mesmo que os colegas, embora, ontem, uma menina que nada tem a ver com elas, apenas uma conhecida do jardim onde brincam, tivesse tentado ensinar outra técnica. Menos mal.