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Contexto: há uns anos fui a uma reunião de pais/mães de crianças com PEA. Saí de lá podre. A certa altura, uma mãe dizia que não conseguia controlar o filho de 2 anos porque ele gritava e esperneava quando o punha na cadeirinha. Então, para evitar isto, a senhora deixava-o ir sem cintos, apenas e somente sentado. Como o menino tinha "problemas", coitadinho, deixava-o ir... Fiquei escandalizada, horrorizada, chocada, estupefacta. Nunca mais me meti em ajuntamentos desses. Prefiro ser "autista" também. As minhas filhas são crianças. São tratadas como as outras crianças, independentemente do seu autismo.
Hoje, à minha frente, ia uma carrinha mini-van com crianças. Uma delas ia à solta dentro do carro a fazer o que bem queria e ainda lhe sobrava tempo. Ninguém parou para a sentar e colocar os cintos (ou fazer como eu: ou te sentas e pões os cintos ou estás aqui estás a levar no focinho e ai de ti que eu sonhe sequer que mexeste nos cintos). E lá ia a criança aos pinotes dentro do carro, a passar de lugar em lugar sem questionar, e o carro sem parar.
Meus senhores e minhas senhoras: a maternidade/parentalidade não é uma democracia, as crianças não mandam nem têm quereres, as regras são para cumprir e até a parvinha da Dora, a Exploradora sabe que a segurança vem em primeiro lugar. Isto não é parentalidade assim e assado; é irresponsabilidade pura e dura.
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